Edição 35 - 29.06.23
Projetos de implantação de tecnologia 4G no campo se expandem pelo País, ajudando a melhorar a produtividade das fazendas e a transformar vidas no meio rural
Na safra 2022/23, os agricultores brasileiros cultivaram mais de 73 milhões de hectares. Ao final dela, devem colher mais de 310 milhões de toneladas de grãos, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Trata-se de um volume recorde, obtido graças a muito trabalho e investimento. Também tem peso relevante nesse desempenho a adoção crescente de tecnologias, sobretudo digitais. Nos últimos anos, uma série de iniciativas lideradas por empresas do agronegócio e de tecnologia ajudou a levar a conectividade 4G para as principais regiões produtoras do País. Atualmente, a TIM tem mais de 12 milhões de hectares de propriedades rurais com 4G – e ainda há muito a se fazer.
“Fazemos parte da transformação digital do agronegócio, um setor que estava em grande medida desconectado”, afirma Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT e 5G da TIM. A operadora foi uma das pioneiras em levar soluções de conectividade ao campo. Já em 2018, equipes da empresa percorreram o País com o objetivo de conhecer a realidade do produtor brasileiro e entender as dores que enfrentam para digitalizar seus processos de trabalho. A principal conclusão foi de que o agro é muito avançado tecnologicamente, mas pouco conectado. Ou seja, há muita tecnologia embarcada nos equipamentos, mas as lacunas de conectividade impedem que seja extraído todo o potencial dos recursos.
Desde então, a TIM desenvolveu uma série de projetos personalizados, com equipamentos e infraestrutura desenhados sob medida para atender às demandas do ambiente rural. Embalados na solução 4G TIM no Campo, esses projetos ganharam espaço no setor, permitindo que empresas agrícolas e produtores conseguissem conectar suas propriedades, potencializando a coleta de dados e o monitoramento remoto das lavouras, criando assim condições para uma melhor gestão de seu negócio. “Hoje conseguimos adotar melhores estratégias com base em dados”, afirma Edgar Alves, gerente agrícola da Jalles, segunda maior produtora de açúcar orgânico do mundo e cliente da TIM desde 2018. Para ele, a conectividade é fundamental para o progresso do agronegócio principalmente por permitir a tomada de decisões em tempo real.
Na solução 4G TIM no Campo os projetos de cobertura são feitos sob medida para os clientes, utilizando a frequência de 700 MHz. A tecnologia é a mesma já instalada nas cidades, o que permite plena integração entre terminais e projetos. Mas, para ampliar a cobertura tradicional e assim atender às necessidades de levar conectividade IoT a grandes áreas, a solução 4G TIM no Campo incorporou a tecnologia NB-IoT (Narrowband – Internet of Things). Com ela, a cobertura aumenta em até 40%, além de ser uma tecnologia com baixo consumo de bateria, fundamental para aplicações em setores IoT.
Parceria pela conectividade
A missão de ampliar a conectividade no meio rural é compartilhada com outras empresas. Em 2019, a TIM foi uma das fundadoras da ConectarAGRO, associação que reúne empresas de diversos segmentos ligados ao agro, como as indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas e de serviços de tecnologia, para fomentar o acesso à internet móvel 4G nas áreas rurais de todo o País. A associação ajudou a levar aos produtores uma visão mais ampla dos benefícios do investimento em conectividade.
A instalação de antenas posicionadas em pontos estratégicos da propriedade fornece acesso à internet móvel 4G e habilita a integração de tecnologias que permitem acompanhar e correlacionar, remotamente, informações de um pulverizador e dados climáticos, garantindo o uso eficiente da aplicação de agroquímicos. Assim, colabora para melhorar o desempenho de todas as operações agrícolas. O uso de tablets ou smartphones permite a colaboradores controlar equipamentos remotamente, agilizando a transmissão de dados e a tomada de decisões. A conectividade, combinada a aplicações e equipamentos, ajuda a acompanhar, monitorar e avaliar as atividades em toda a propriedade.
A internet 4G facilita ainda a integração de máquinas, o uso de câmeras e chips para acompanhamento de animais à distância, o rastreamento de vacinas e medicamentos, os ciclos de gestação e de abate, a nutrição e o ganho de peso dos rebanhos. Com o uso de drones, é possível monitorar a propriedade em tempo real, acessando imagens que auxiliam em tarefas cruciais como análise de falhas em plantio e detecção de pragas. Sensores de agricultura de precisão colaboram no acompanhamento, também em tempo real, de indicadores como umidade do solo, facilitando eventuais decisões dos gestores.
Inclusão digital
A conectividade não transforma apenas a gestão das fazendas. Ela é fundamental para transformar a vida de quem depende delas ou mesmo habita no seu entorno. Ao levar a tecnologia 4G para o campo, promove-se a inclusão digital das famílias, ajudando a manter a nova geração no campo e estimulando o ensino à distância. Gestores ganham novas ferramentas de comunicação entre a sede da fazenda e as equipes de campo, permitindo decisões mais assertivas e melhor controle da execução de tarefas. Tudo fica mais ágil, da notificação sobre uma máquina quebrada na lavoura ao acionamento do suporte técnico, que pode ser feito à distância.
Nas grandes empresas do setor, esses avanços são claramente percebidos. A Citrosuco, uma das maiores produtoras de suco de laranja do mundo, conectou todas as suas indústrias, fazendas e terminais logísticos com a TIM. O resultado? Uma melhor gestão das atividades produtivas e a modernização dos sistemas de monitoramento de veículos, máquinas e equipamentos agrícolas. “É preciso ter tecnologia e aporte de conectividade para manter a produção e o transporte de suco para mais de 100 países ao redor do mundo”, diz Claudio Coelho, diretor de Operações da companhia.
Histórico de inovação e investimentos
Detentora da maior rede de Internet das Coisas do Brasil, com 4.714 cidades com a tecnologia NB-IoT (Narrowband em IoT), conectando máquinas e pessoas para apoiar a transformação e inclusão digital
no campo, a TIM foi pioneira ao oferecer a funcionalidade aos clientes corporativos. A solução TIM 4G no Campo alcançou a marca de 12 milhões de hectares cobertos com o 4G e mais de 24 milhões de hectares cobertos com o NB-IoT (também conhecida como banda estreita e Internet das Coisas), uma funcionalidade que permite ampliar a cobertura tradicional em até 40%, com baixo consumo de bateria, fundamental para aplicações de IoT. Hoje, são beneficiadas, potencialmente, 1,1 milhão de pessoas, em 12 estados diferentes e 485 cidades em território rural. A meta da operadora é chegar a 16 milhões de hectares, ou 20% do total da área agricultável do Brasil.
Além da Jalles e da Citrosuco, citadas, a TIM tem projetos de conectividade implementados com outros grandes produtores rurais do País, como Adecoagro (MS), Amaggi (MT), SJC Bioenergia (GO), Agropalma (TO), SLC Agrícola (BA), Usina Santa Vitória (MG), Usina Santa Adélia (SP) e Usina São Martinho (SP), entre outros. A TIM trabalha com empresas vinculadas às verticais-chave para o crescimento do País, desenvolvendo propostas de valor específicas (Agronegócio, Mobilidade, Utilities e Mineração).
As iniciativas da TIM no agro vão além da implantação de rede e conectividade. A companhia tem o primeiro marketplace IoT de uma operadora no Brasil, com ofertas de parceiros inclusive para o agronegócio. O produtor pode consultar as soluções disponíveis no marketplace e solicitar o contato de um representante TIM, que fará a ponte com a empresa. São 11 soluções para o agronegócio, conectando escritórios, fazendas ou máquinas, capazes de otimizar a gestão de equipe, o monitoramento de lavouras e acompanhamento, em tempo real, do transporte de mercadorias tanto para centros de distribuição quanto para o cliente final.
Com todas as iniciativas, a operadora torna cada vez mais sólido e efetivo um ecossistema de inovação no agronegócio: a TIM desenvolve alianças estratégicas e parcerias com hubs de negócios e aceleradora de startups para fomentar o desenvolvimento de soluções e promover, por meio do uso das tecnologias móveis e IoT, a digitalização e automação do campo. O agro representa 1/4 do PIB nacional quando se considera toda a cadeia de produção e, com a conectividade, tem potencial de multiplicar esses números. A conectividade no campo transforma processos que antes eram manuais em digitais, com informações sendo transmitidas em tempo real. Isso coloca a produção em outro patamar. Consegue-se produzir mais (aumentar a eficiência) com menos recursos empregados e muito mais responsabilidade com o meio ambiente. A TIM entende que o setor é estratégico para o País e traduz essa importância olhando para o futuro e investindo no avanço tecnológico do segmento.