Raízen usa versatilidade da cana para redefinir o futuro da energia

Conteúdo Plant + Raízen Maior produtora global de etanol de cana-de-açúcar investe em alternativ


Edição 42 - 12.05.24

Conteúdo Plant + Raízen

Maior produtora global de etanol de cana-de-açúcar investe em alternativas como E2G, biometano, bioeletricidade, hidrogênio renovável e etanol para aviação e combustível marítimo, todos derivados do processamento da planta 

 

A cana-de-açúcar é uma das matérias-primas mais versáteis do mundo quando se trata de produção de combustíveis e energia. Ela também é um dos trunfos do Brasil na transição energética para matrizes mais limpas e sustentáveis, colocando o País como referência global em pesquisa e inovação para o aproveitamento total dessa planta.  

A Raízen, companhia integrada de origem brasileira referência em bioenergia e com amplo portfólio de produtos renováveis, lidera esse desenvolvimento e aproveita todas as possibilidades da cana para produzir etanol em suas diversas variações – biogás/biometano, hidrogênio renovável e combustível para aviação e transporte marítimo, como mais uma alternativa para transição dos fósseis para renováveis. 

Segundo o Ministério de Minas e Energia, 15,4% da energia oferecida no Brasil em 2023 vieram da cana-de-açúcar. Isso torna a cana a principal fonte renovável no País, seguida pela hidráulica, com 11%.  

A sustentabilidade dessa matéria-prima se deve tanto à variedade de combustíveis e subprodutos energéticos que podem ser extraídos dela quanto ao fato de que a própria cultura da cana-de-açúcar desempenha papel importante na captura de CO₂ da atmosfera. Uma pesquisa conduzida pela Agroicone, Embrapa e Unicamp revela que, ao longo das últimas duas décadas, a cana-de-açúcar absorveu cerca de 200 milhões de toneladas de CO₂. Isso equivale ao plantio de aproximadamente 1,4 milhão de árvores, em uma extensão de terra correspondente a 1 milhão de campos de futebol. 

Entre os combustíveis produzidos a partir da cana, o etanol é o principal e mais conhecido. Além do etanol de primeira geração, a Raízen investe fortemente no chamado E2G, o etanol de segunda geração. Originado do bagaço de cana resultante da produção de etanol de primeira geração, o E2G é produzido por meio de um processo altamente tecnológico que envolve o pré-tratamento da biomassa, seguido pela hidrólise e fermentação.

Esse método assegura que o E2G mantenha a pureza e eficácia do etanol de primeira geração, ao mesmo tempo em que emite até 30% menos CO₂ na atmosfera quando comparado com o 1G, ou 80% menos, quando comparado com gasolina comum. Como maior produtora do mundo de etanol de cana, a empresa espera ter em operação 20 plantas de E2G, representando um investimento aproximado de R$ 24 bilhões. 

Outra aplicação dos resíduos é na geração de biogás e biometano, derivados da fermentação da vinhaça e da torta de filtro, subprodutos do processamento da cana. O biogás pode ser refinado para se tornar biometano, um tipo de gás natural renovável. E o biometano, por sua vez, pode ser utilizado como alternativa ao diesel em veículos de grande porte e até mesmo como substituto do gás de cozinha. Além disso, é possível gerar bioeletricidade a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar. A queima do bagaço produz vapores que acionam turbinas geradoras de eletricidade. 

Na vanguarda da transição energética global, a Raízen também busca impulsionar o hidrogênio renovável, que pode ser usado como uma solução de baixo carbono para transporte pesado e outras indústrias. O hidrogênio é produzido a partir da eletrólise da água, o que requer uma quantidade significativa de energia elétrica. Para ser classificado como “verde”, o hidrogênio deve ser produzido exclusivamente a partir de eletricidade proveniente de fontes renováveis, como os biocombustíveis extraídos da cana. Em outra frente inovadora, a Raízen foi a primeira empresa do mundo a conquistar a certificação ISCC CORSIA Plus, confirmando que seu etanol atende a todos os requisitos internacionais para a produção de combustível sustentável de aviação.  

A companhia também está testando, em conjunto com a finlandesa Wärtsilä, o uso do etanol como combustível marítimo para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no setor.  

Dessa forma, a Raízen usa a cana-de-açúcar para redefinir o futuro da energia com soluções renováveis, apoiando a jornada de descarbonização dos seus clientes e do mundo.