Taranis impulsiona revolução no campo com imagens de altíssima reso

Conteúdo Plant + Taranis Multinacional israelense com presença no Brasil usa drones, aviões e Int


Edição 41 - 17.03.24

Conteúdo Plant + Taranis

Multinacional israelense com presença no Brasil usa drones, aviões e Inteligência Artificial para mitigar a perda de rendimento causada por doenças e deficiências nutricionais 

 

Lavouras ao redor do mundo vêm passando por uma verdadeira revolução tecnológica baseada em dados e inteligência. À frente dessa transformação, a Taranis, multinacional israelense pioneira em uso de imagens e dados para agricultura de precisão, emergiu rapidamente como líder global na utilização de tecnologia de ponta para enfrentar desafios antigos na agricultura. Fundada em 2015, a empresa hoje possui ramificações em diversos países, inclusive no Brasil. 

A Taranis aproveita o poder da visão computacional avançada, da ciência de dados e de algoritmos deep learning para monitorar campos com grande precisão. Ao oferecer uma solução abrangente a partir da análise de imagens aéreas de alta precisão capturadas por drones ou aviões, a Taranis busca mitigar a perda de rendimento das colheitas causada por doenças, ervas daninhas e deficiências de nutrientes. 

“Vendemos inteligência baseada na captura dos dados, que são amostrais, com imagens de altíssima resolução”, diz Fábio Franco, gerente geral da Taranis no Brasil. “A partir disso, temos a capacidade de identificar plantas daninhas, doenças que estão incidindo sobre as lavouras e deficiências nutricionais, gerando insights para a tomada de decisão naquele momento.” A missão da Taranis, portanto, é clara: ajudar os produtores a maximizar o rendimento, aumentar a produtividade e adotar práticas sustentáveis. 

No centro dessa abordagem está um sistema de inteligência artificial poderoso, capaz de analisar 5 mil imagens por segundo, com resolução de até 0,1 milímetro por pixel. Tal capacidade permite que a empresa escaneie 2,4 bilhões de folhas todos os meses. É por isso que a Taranis afirma que suas soluções têm precisão no “nível de folha”.  

“Hoje, temos mais de 95 % do nosso negócio feito por inteligência artificial. Ou seja, se o sistema determina que uma planta daninha é uma corda de viola, em mais de 95% das vezes ela é, realmente, corda de viola”, explica Franco. A empresa vai além, pois captura, quantifica, qualifica e entrega, tanto por meio de plataforma própria quanto de ferramentas como Power BI, um relatório completo que possibilita ao time gestor interpretar e conduzir esses dados. Outro diferencial da empresa é o prazo de entrega das informações. “Após a captura das fotos, em até 72 horas todos os dados estão disponíveis na plataforma para serem consumidos pelo cliente”, diz Franco. 

A tecnologia da Taranis representa um salto notável em relação ao diagnóstico de campo tradicional. Com drones e aviões cobrindo mais de 120 mil hectares por mês e a capacidade de identificar a praga com semanas de antecedência, esse tipo de solução tem revolucionado a agronomia, reduzindo custos e o impacto ambiental. E, à medida que a população global cresce e os desafios agrícolas se intensificam no meio da urbanização e das alterações climáticas, a Taranis ajuda os agricultores com as ferramentas necessárias para enfrentar os desafios. 

Com mais de US$ 100 milhões recebidos em investimentos globalmente, a Taranis vê o Brasil como um mercado estratégico. “Nos próximos três anos, nosso foco aqui será no setor sucroenergético, devido às necessidades, à maturidade e ao fit com nossas soluções, pois temos alcance em qualidade, análise quantitativa e escalabilidade para tomadas de decisão”, diz Fabio Franco.  

Nos últimos dois anos, a empresa cresceu mais de 500% no Brasil. Atualmente, a Taranis atende a um grupo de oito usinas do setor sucroenergético. Entre elas, estão algumas das maiores do País, com contrato para 100 % da área. Os clientes da multinacional também estão espalhados por Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins. “Mas temos condição de atender o Brasil todo com foco em cana-de-açúcar, soja, milho, algodão e floresta”, conclui Franco.