O FUTURO É VERDE

Nova edição da Fenasucro & Agrocana reforça o papel cada vez mais relevante da bioenergética


Edição 37 - 27.07.23

Nova edição da Fenasucro & Agrocana reforça o papel cada vez mais relevante da bioenergética 

 

Por Rodrigo Ribeiro 

Um estudo recente realizado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) constatou a força da produção bioenergética no Brasil. De acordo com o levantamento, o País ocupa o segundo lugar no ranking global que avaliou dados como capacidade instalada e índice de inovação no setor. O resultado chama ainda mais a atenção considerando o número de nações que foram avaliadas para a elaboração da lista – 166 ao todo. “É preciso aproveitar as oportunidades econômicas que estão sendo criadas por essa revolução tecnológica”, disse Rebeca Grynspan, secretária-geral da Unctad, no evento de apresentação de resultados do estudo. “Além do aspecto econômico, a bioenergia tem alto valor ambiental.” 

De fato, o Brasil está na vanguarda da produção bioenergética, tendo se tornado nos últimos anos um celeiro de inovações nesse segmento. Boa parte delas marcará presença na 29ª edição da Fenasucro & Agrocana, a maior feira do mundo voltada exclusivamente à cadeia de produção bioenergética.  

Realizado pelo CEISE Br e promovido e organizado pela RX Brasil, o evento ocorrerá entre 15 e 18 de agosto no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho, no interior paulista. Segundo os organizadores, contará com a presença de profissionais de usinas, indústrias de alimentos e bebidas, papel e celulose, transporte e logística, além de distribuidoras e comercializadoras de energia. A expectativa é de que representantes de ao menos 42 países participem do encontro. 

“Em 2023, vamos trazer novas experiências e atrações para manter o público engajado na causa da energia limpa e da sustentabilidade, que são caminhos sem volta para todas as indústrias”, afirma Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana. Desta vez, a feira internacional terá como presidente de honra Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).  

Obtida a partir de fontes biológicas, principalmente biomassa e materiais orgânicos renováveis, a bioenergia tem grande vocação sustentável. A conversão de biomassa em biocombustíveis líquidos, como etanol e biodiesel, é uma de suas aplicações mais comuns – e bastante disseminada no Brasil.  

Na nova era ambiental, em que as preocupações com a preservação do planeta ganharam relevância, a bioenergia tem encontrado cada vez mais espaço para prosperar. “Essa discussão deixou a esfera regional e chegou ao mundo inteiro”, diz o consultor Eduardo Tancinsky. “Todos os debates sobre o futuro do planeta passam necessariamente pela ampliação do uso de energia limpa.”  

Nesse contexto, eventos como a Fenasucro & Agrocana passarão a exercer papel cada vez mais relevante. Na edição 2022, 48 mil pessoas participaram da feira, que movimentou um total de R$ 5,2 bilhões em negócios. Em 2023, a expectativa é de quebrar essas marcas. A julgar pelo crescente interesse pela produção bioenergética, elas certamente serão batidas.