18.09.19
Foi-se o tempo em que a pecuária consistia em deixar o gado no pasto para engordar e render dinheiro. Com o passar dos anos, essa visão simplista da atividade foi perdendo espaço para uma pecuária robusta e profissionalizada, com necessidades cada vez mais complexas.
A mudança na atividade, apoiada principalmente pelos avanços tecnológicos, exigiu dos produtores nova postura e visão como gestores de suas fazendas. Eles começam a entender que, diante de um mercado mais competitivo e exigente, otimizar seus processos e dominar a gestão de suas propriedades se tornou o único caminho possível para aumentar a rentabilidade e produtividade.
Assim, já existe um movimento de produtores rurais investindo em tecnologia e que enxergam suas propriedades rurais como verdadeiras empresas. Mudança de mindset que desperta o interesse por soluções que automatizem a coleta e facilitem o acesso a dados relacionados ao rebanho e aos processos, para que assim tomem decisões mais assertivas e que tragam melhores resultados.
O novo modo de conduzir a atividade, pautado pelos dados, ficou conhecido como Pecuária de Precisão e tem ganhado cada vez mais adeptos no País. Nesse cenário, já não tem mais espaço para o “achismo” de produtores experientes.
Em um passado não tão distante, em que o dono não tinha acesso a dados precisos do seu rebanho, era comum na hora da negociação considerar apenas o valor de venda da arroba, deixando de lado outros custos envolvidos e também todos os fatores que interferem no resultado da produção. Assim, o que se via era uma sequência de erros que se repetia a cada nova negociação e que impossibilitava o acompanhamento detalhado da rentabilidade do negócio, comprometendo seriamente a lucratividade da fazenda.
É aí que nos damos conta da importância que a pesagem tem na pecuária. Um dado tão importante para esse tipo de negócio não pode ser negligenciado, precisa ser medido diariamente da forma mais precisa e rigorosa possível, conforme explica Paulo Dancieri, CEO da Coimma: “A noção básica de gestão nos diz que não se pode controlar aquilo que não é mensurado. O entendimento de que não se pode deixar faltar comida ao rebanho é bastante elementar e não deixa de ser verdadeiro. Mas o raciocínio não deveria parar por aí. A questão é: engordar o rebanho a que custo? Até que momento? Todos os espécimes bovinos possuem geneticamente a mesma capacidade de ganhar peso? Ora, sem uma balança, estas respostas, que são vitais à geração de lucro da fazenda, jamais serão respondidas. Então não basta que o pecuarista seja generoso na oferta de alimentação. Ele precisa que o resultado econômico desta equação lhe dê dinheiro no final do ciclo.”
No sistema tradicional, a pesagem do rebanho é realizada em intervalos muito distantes, impossibilitando uma gestão de qualidade. A prática dá base para erros e imprevistos que, no acompanhamento detalhado e diário, poderiam ser evitados.
A gestão das informações – que em algumas situações ainda é feita em planilhas manuais ou sistemas improvisados –, ganhou aliados importantes com o desenvolvimento de tecnologias dedicadas às rotinas da fazenda, permitindo a leitura de dados provenientes de várias fontes diferentes, a qualquer momento.
Gráficos do sistema BallPass mostram evolução de peso e performance dos animais
Um bom exemplo é a BalPass, novo sistema de pesagem inteligente desenvolvido pela Coimma em parceria com a Embrapa Gado de Corte e a UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul). Por meio da BalPass o gado é pesado automaticamente várias vezes ao dia. Assim, é possível identificar, em tempo real, os animais que estão acima e abaixo da performance ideal, pelo smartphone ou computador. A ferramenta, composta por muito mais que uma balança eletrônica, envia as informações coletadas do rebanho para a nuvem, permitindo que o dono tenha acesso em qualquer lugar e possibilitando as tomadas de decisões sem que o animal passe pelo estresse de ser levado até o curral.
Dessa forma, é possível ter o controle rigoroso da performance e da saúde do gado, da operação, da fazenda e ainda eliminar desperdícios de recursos naturais e comida dos animais, por exemplo.
“Quando concebemos a BalPass, pensamos que a Pecuária 4.0 é uma realidade sem volta em um país com o protagonismo na produção de proteína animal como o Brasil. Isto significa dizer que a tecnologia pressupõe uma nova ordem de operar a fazenda, utilizando como pilares a conectividade no campo, a sensorização do rebanho, a automação dos processos e o suporte inteligente às tomadas de decisão. E nossa solução faz justamente isto, derrubando várias barreiras que dificultavam uma rotina sistemática de pesagem do rebanho. Agora o animal não precisa mais ser manejado até o curral pois se pesa sozinho, diariamente, sem stress, sem perda de peso. Além do mais, o sistema não dá apenas um dado isolado ao pecuarista (peso), mas insere este dado em um contexto mais complexo, que, associado a outras variáveis da operação e processado com inteligência artificial, gera informação útil que suporta uma tomada decisão mais acertada. É o que chamamos de pesagem inteligente”, ressalta Dancieri.
É fato, o gestor pecuário da atualidade precisa ter em sua propriedade um método de controle e gestão da produção se quiser alcançar bons resultados. E a possibilidade de ter a tecnologia a seu favor é, sem dúvidas, a forma mais inteligente de aumentar a lucratividade do negócio com simplicidade e eficiência.
Para saber mais sobre o sistema BallPass, acesse www.coimma.com.br.
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