14.06.18
A princípio, Pedro Parente deveria ser apenas um pacificador. Desde a tarde da quinta-feira 14, porém, ele passa também a ser o comandante executivo da operação de resgate que pretende tirar a BRF da maior crise da sua história. Em reunião extraordinária, o conselho de administração da companhia aprovou por unanimidade a indicação do seu nome para o cargo de CEO global, que estava descoupado desde 23 de abril passado. Com isso, ele passa a acumular a função com a de presidente do conselho de administração, para a qual havia sido eleito três dias depois, com a missão declarada de achar um novo presidente para a empresa.
Na época, Parente ainda atuava como presidente da Petrobras e havia sido responsável pelo reerguimento da estatal, de onde saiu após renunciar, há duas semanas, na esteira da crise causada pela greve dos caminhoneiros. Desde então, dava-se como certa a sua escolha para a posição de CEO, agora confirmada. O cargo vinha sendo ocupado, interinamente, pelo diretor vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores, Lorival Nogueira Luz Junior.
Parente acumulará os cargos de presidente do conselho e CEO por um período inicial de 180 dias, prazo máximo permitido pela legislação brasileira nesses casos. Em nota oficial, a BRF informou que, durante o período, o executivo terá como prioridade “o processo de planejamento estratégico e financeiro, cuidará diretamente da preparação de seu sucessor e liderará o processo de reorganização da companhia, em especial o preenchimento de posições chaves e questões ligadas à sua governança”.
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