Edição 8 - 26.03.18
Assim que terminou a faculdade de Administração, Letícia Scheffer embarcou para Nova York. O objetivo principal era estudar o idioma local, mas a bagagem cultural que se traz de uma megalópole como essa sempre mexe com as estruturas. “Ficou ainda mais forte para mim a ideia de que educação é a base de tudo. O tempo todo eu via as pessoas buscando algo, querendo garantir algum espaço, passa aquela ideia de competitividade”, descreve a jovem
de 22 anos que nasceu em Rondonópolis (MT) e hoje mora em Cuiabá. A experiência no exterior certamente vai influenciar, de forma positiva, sua participação no programa de Desenvolvimento de Herdeiros e Acionistas (DHA) do Grupo Bom Futuro.
Letícia está entre os 13 herdeiros do Bom Futuro, que hoje tem quatro sócios – incluindo seu pai, Fernando Maggi Scheffer – e atua nos segmentos de agronegócio (agricultura, pecuária e piscicultura), energético, imobiliário e aeroportuário. Na produção de algodão, são mais de 170 mil toneladas de pluma. “O mínimo que o DHA nos oferece é conhecer a empresa como um todo, pois também faço parte dela e em algum momento tomarei decisões”, conta Letícia. Além disso, essa preparação tem ajudado até a direcionar os herdeiros para as escolhas sobre a área de atuação.
A jovem já tem uma boa pista. É sócia das irmãs e de dois primos na Fazenda Ouro Branco, na Chapada dos Guimarães (MT). Com área total de 5 mil hectares, foi comprada pela família com o intuito de produzir algodão. A produção é de 300 arrobas por hectare. “Quando estava na faculdade, estudava de manhã e à tarde ficava no financeiro da Ouro Branco. Passei dois anos cuidando dos pagamentos”, comenta.
O algodão da Ouro Branco é vendido tanto no mercado interno como no exterior. Letícia conta que estão trabalhando para ajustar os fatores que influenciam a qualidade da lavoura, pois nessa propriedade a área ainda é nova, “é literalmente um início da terra para o algodão”. A jovem empresária acrescenta que os sócios têm sido
até bastante exigentes, pois a régua de comparação é muito alta. “A gente acaba se comparando ao Bom Futuro”, ressalta.
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