Pioneira na produção de etanol de milho investe em tecnologia e rastreabilidade para impulsionar alternativas de transição energética
A transição energética para matrizes menos poluentes é um objetivo de todos os setores da economia global. No Brasil, uma das empresas que lideram as iniciativas de descarbonização é a FS, primeira companhia do País a produzir etanol 100% a partir do milho. Recentemente, o grupo anunciou o início da segunda fase do projeto BECCS (Bioenergia com Captura e Armazenamento de Carbono), pioneiro do gênero no Brasil. Com investimentos que totalizam R$ 460 milhões em duas fases, o BECCS permite capturar, comprimir e armazenar 423 mil toneladas de CO2 por ano no subsolo em Lucas do Rio Verde (MT), onde a FS mantém uma de suas três unidades industriais. Em trinta anos, isso representará 12 milhões de toneladas de carbono estocadas de forma segura.
“O BECCS é um marco na nossa visão de sermos a maior produtora de combustível carbono negativo do mundo”, afirma Daniel Lopes, vice-presidente de sustentabilidade e novos negócios da FS. “Além de reduzir emissões, o projeto posiciona o Brasil na vanguarda das tecnologias de descarbonização, impactando setores como transporte rodoviário, aéreo e marítimo.
Outro destaque da FS é o papel do etanol na descarbonização de setores desafiadores, como aviação e navegação. Graças às certificações Low Iluc Risk, que garante que um biocombustível (como o Sustainable Aviation Fuel – SAF) foi produzido sem emissões de GHG relacionadas ao Impacto Indireto do Uso da Terra (iLUC, em inglês). e ISCC CORSIA, que garante sustentabilidade e rastreabilidade, o etanol produzido pela FS atende aos requisitos para ser convertido em Combustível Sustentável de Aviação (SAF) por meio da tecnologia “Alcohol to Jet”. Essa solução, quando aliada a tecnologias de captura de carbono, pode reduzir em até 90% as emissões de CO2 na aviação.
Na navegação, o etanol oferece vantagens competitivas. Por ser compatível com a infraestrutura existente, pode ser implementado com custos menores em comparação a outros combustíveis, como hidrogênio ou amônia. “O etanol é uma solução prática e eficiente para descarbonizar o transporte marítimo”, afirma Claudia Romeiro, gerente de sustentabilidade da FS.
Apesar do potencial, a adoção em larga escala do etanol na aviação e navegação exige avanços em áreas como políticas públicas e regulações internacionais. A experiência dos Estados Unidos, que implementaram incentivos fiscais para combustíveis sustentáveis, mostra como medidas governamentais podem acelerar essa transição. Com uma pegada de carbono reduzida e produção certificada, o etanol brasileiro é uma das soluções mais promissoras para a descarbonização global.