Por Lucas Bresser
A população mundial ainda vai crescer muito antes de começar a decrescer. Estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, em 2050, seremos quase 10 bilhões de pessoas no mundo (hoje, somos 8 bilhões). Depois disso, espera-se uma gradual redução até 2100, quando deveremos voltar ao patamar de aproximadamente 7 bilhões de habitantes. Até lá, será preciso alimentar, vestir e movimentar toda essa população sem exaurir os recursos do planeta. Em muitos aspectos, já estamos perdendo essa batalha. Em 2023, quase 750 milhões de pessoas enfrentaram fome no mundo, segundo as Nações Unidas. E o ritmo da mudança climática nunca foi tão intenso e visível, afetando inclusive a produção agrícola, especialmente naqueles países que dependem fortemente do ciclo de chuvas, como o Brasil.
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) frequentemente alerta sobre esses desafios. Para Qu Dongyu, diretor-geral da FAO, os sistemas agroalimentares precisam ser transformados para enfrentar adversidades globais, como desigualdades estruturais, mudanças climáticas e degradação ambiental. “Se os sistemas atuais continuarem, o futuro será marcado por insegurança alimentar persistente e recursos degradados”, diz. Ele propõe “gatilhos de transformação”, incluindo governança melhorada, consumidores mais conscientes e tecnologias inovadoras para garantir sustentabilidade e resiliência.
Um estudo da FAO aponta que o estado dos recursos de solo, terra e água atingiu níveis críticos na última década. Segundo Qu Dongyu, é urgente proteger esses recursos fundamentais para a segurança alimentar global. Por exemplo, espera-se que a produção de alimentos tenha de aumentar em 50% até 2050, o que pode levar a um aumento de até 35% na retirada de água para a agricultura, criando riscos ambientais e sociais. A ONU também alerta que fatores como conflitos, extremos climáticos e choques econômicos vêm intensificando a insegurança alimentar. Para a entidade, em um contexto de escassez de recursos e desigualdades crescentes, é essencial repensar os subsídios agrícolas para priorizar alimentos mais nutritivos e sustentáveis, reduzindo as barreiras comerciais para frutas, vegetais e leguminosas. A FAO defende que as transformações necessárias exigirão esforços coordenados entre governos, consumidores, setor privado e academia. Governança mais inclusiva, uso responsável dos recursos naturais e acesso igualitário às inovações tecnológicas são fundamentais para alimentar uma população crescente sem comprometer a sustentabilidade do planeta.
Não há fórmula mágica. Para alimentar e proteger o mundo, os grandes players do setor agropecuário têm de assumir a dianteira e implementar mudanças práticas, efetivas e – especialmente – em escala. A grandiosidade da cadeia de produtores e fornecedores envolvidos na transformação é um aspecto crucial. Felizmente, o Brasil tem bons exemplos nesse sentido. Além de contar com uma das legislações mais modernas do mundo para a preservação de áreas protegidas, o País também está na vanguarda em iniciativas do setor privado voltadas à proteção dos recursos naturais.
A Agropalma, maior produtora de óleo de palma sustentável das Américas, é uma das companhias que adotam práticas sustentáveis em escala no Brasil. A empresa preserva 64% de sua área total (107 mil hectares) como florestas nativas protegidas, ajudando a conservar a biodiversidade da Amazônia. Isso inclui iniciativas de monitoramento e proteção contra invasões e desmatamentos. A Agropalma também só planta em áreas previamente convertidas, evitando o desmatamento de novas áreas florestais. Todas as terras de cultivo foram adquiridas antes de 2004, respeitando critérios de sustentabilidade e legislação ambiental.
Além disso, a empresa trabalha em pesquisa para desenvolver variedades de palma mais produtivas e resistentes, permitindo maior aproveitamento por hectare e reduzindo a necessidade de expansão de áreas cultiváveis. Recentemente, o grupo anunciou que vai produzir 2 milhões de mudas clonais de palma por ano a partir de 2026. A companhia investiu R$ 18 milhões no laboratório de mudas clonais em Belém (PA) – até 2026, esse montante chegará a R$ 25 milhões. “O ponto forte do nosso laboratório é que ele trabalha com genética customizada capaz de atender à característica desejada, como mudas com reduzida necessidade de fertilizantes, com tolerância à menor ou maior quantidade de água, ou com maior produtividade”, afirma André Borba, diretor agrícola da Agropalma.
A Agropalma também possui um programa de gestão de emissões de gases de efeito estufa. Desde 2014, a empresa é carbono neutro, compensando todas as emissões relacionadas à produção de óleo de palma por meio de ações de conservação florestal e eficiência energética. A empresa ainda adota práticas rigorosas para otimizar o uso da água, como o reúso na irrigação e no processamento industrial, além de monitorar constantemente os recursos hídricos para evitar desperdícios. Além disso, a Agropalma mantém projetos de recuperação de áreas degradadas e monitora a fauna e a flora em suas áreas preservadas, promovendo o equilíbrio ambiental. Por fim, o grupo reutiliza resíduos da produção de óleo de palma, como fibras e caroços, para gerar energia em suas próprias instalações industriais. Isso diminui a dependência de fontes externas e fósseis.
Na pecuária, uma das empresas brasileiras que se destacam é a JBS, maior produtora de proteínas do mundo. O grupo tem implementado diversas iniciativas voltadas à sustentabilidade e à produtividade sustentável. Uma delas é o monitoramento da cadeia de fornecimento, que tem a meta de garantir o desmatamento zero em toda a cadeia de suprimentos de gado no Brasil até 2025. Para isso, a empresa utiliza recursos tecnológicos como a Transparent Livestock Farming Platform(Plataforma de Transparência na Criação de Gado), que permite rastrear toda a cadeia, incluindo fornecedores indiretos, além da aplicação de blockchain e satélites para monitoramento.
A companhia vai além. “Na produção integrada de aves e suínos, a JBS apoia e estimula a modernização e adoção de tecnologias sustentáveis, como a produção de energia elétrica por meio do biogás e energia solar, além de práticas de bem-estar animal”, diz Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS. “Já na cadeia da pecuária bovina, a JBS possui o programa Escritórios Verdes, criado em 2021, que reúne 20 centros de atendimento a produtores, apoiando mais de 14 mil propriedades na regularização ambiental, e com 6 mil hectares destinados à restauração florestal.”
Segundo a JBS, é fundamental promover o comércio justo como pilar para combater a fome e a pobreza. Ao mesmo tempo, é preciso investir na redução de desperdícios de alimentos e na ampliação da produção sustentável, promovendo acesso de produtores rurais a novas tecnologias e à assistência técnica fundamentada em soluções baseadas na natureza – e escaláveis. “Essa abordagem integrada não apenas fortalece os sistemas alimentares globais como também contribui para mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger a biodiversidade, criando um ciclo virtuoso de prosperidade e resiliência”, diz Liège Correia. “A sustentabilidade da cadeia produtiva é imprescindível para a perenidade do agronegócio. A JBS busca produzir com menos recursos, além de estender esse conceito a toda sua cadeia de valor, principalmente em parceria com os produtores rurais.”
As iniciativas da JBS também incluem a promoção da agricultura regenerativa, incentivando a recuperação de áreas degradadas e melhoria da saúde do solo por meio da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e do manejo sustentável de pastagens para aumento da capacidade de sequestro de carbono. A empresa também instalou sistemas de reúso de água em suas unidades produtivas e reduziu a dependência de combustíveis fósseis em suas operações. Para isso, montou plantas de geração de energia limpa, como solar e biogás, e promoveu o uso de resíduos orgânicos (biomassa) para movimentar os sistemas geradores.
A JBS ainda tem o objetivo de atingir 100% de resíduos reaproveitados até 2030, seja para produzir biogás e adubos, seja para transformar subprodutos do processamento animal em produtos como gelatina e colágeno. Resíduos animais das operações da empresa nos Estados Unidos, no Canadá e na Austrália também estão sendo convertidos em combustível para aviões. Nos últimos dois anos, 1,2 milhão de toneladas de sebo bovino e banha de porco foram destinadas à produção de Combustível Sustentável para Aviação (SAF, sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuel) e outros combustíveis renováveis.
A utilização do sebo bovino para a produção de biocombustível é chamada de cowpower. No Brasil, a Friboi começou a investigar a viabilidade de utilizar resíduos animais na produção de combustível para aviação. Paralelamente, a Biopower, outra empresa do grupo JBS, está avaliando a possibilidade de produzir combustível renovável para navios, como uma alternativa ao bunker oil, combustível fóssil amplamente utilizado em embarcações marítimas.
Muitas das iniciativas sustentáveis adotadas pelo setor têm como foco a melhoria da produtividade – que nada mais é do que produzir mais consumindo menos recursos. É ela que guia as decisões estratégicas no campo, especialmente entre as grandes corporações do agronegócio. Nesse aspecto, o Brasil se destaca como referência mundial. Desde o início dos anos 2000, o País tem se consolidado como líder no crescimento da produtividade agrícola global. Segundo um estudo do Serviço de Pesquisa Econômica (ERS, na sigla em inglês), órgão vinculado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), essa liderança abrange um universo de 187 países. Entre 2000 e 2019, o crescimento médio anual da produtividade agrícola brasileira foi de 3,18%, superando amplamente a média global de 1,66% e deixando para trás países como Índia, China e Estados Unidos.
Atualmente, o grande desafio para os produtores é continuar avançando na produtividade em um cenário marcado por mudanças climáticas intensas, oscilações econômicas e questões sociais. “Nas últimas quatro décadas, impulsionado pelo empreendedorismo do produtor rural brasileiro e por um conjunto de políticas públicas que abarcaram desde infraestrutura até o apoio à produção e comercialização, passando por pesquisa, desenvolvimento e inovação, o Brasil conseguiu quintuplicar sua produção de grãos, utilizando apenas 60% a mais de área plantada”, afirma Eduardo da Silva Matos, pesquisador da Superintendência Estratégica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Essas políticas tiveram como foco principal os ganhos de produtividade proporcionados pela inovação, pela produção em escala e pelo acesso aos mercados internacionais”, acrescenta Pedro Abel Vieira Júnior, também pesquisador da Embrapa. Como resultado, houve um aumento contínuo na produção, melhoria na qualidade dos alimentos, avanço nas exportações, exploração de fontes alternativas de energia, preservação ambiental e geração de conhecimento estratégico para o País.
Agora, o Brasil deve ampliar o desenvolvimento e a disseminação do conhecimento, da tecnologia e da inovação entre todos os protagonistas do setor. “Uma boa parte dos ganhos virá da difusão de conhecimentos e tecnologias que já são aplicadas hoje em dia, mas que ainda podem estar restritos a um ou outro segmento”, diz Felipe Serigati, pesquisador da FGV Agro. “Existem aqueles que estão na liderança e existe o mercado mais geral. Se você tornar isso mais espalhado, o ganho será expressivo.” Serigati ressalta que, para que o campo absorva as inovações, é fundamental contar com um modelo financeiro sólido – seja por meio de crédito bancário, seja pelo autofinanciamento dos próprios agentes do setor – aliado a uma cadeia logística eficiente. O especialista também aponta que culturas como milho, café, trigo e hortifrúti estão entre as que mais podem se beneficiar com a disseminação do conhecimento. Além disso, ele enfatiza que esse progresso exige atenção especial à gestão do agronegócio. “A tecnologia, a inovação, a máquina, a semente melhorada, tudo é importante, mas por trás disso há muita evolução em termos de gestão do negócio”, afirma.
A camada de gestão também está no foco de uma das principais iniciativas da Raízen, companhia integrada de origem brasileira referência em bioenergia e açúcar. O Programa Elos, lançado dez anos atrás, busca transformar completamente a cadeia de produção de cana-de-açúcar por meio da melhoria contínua e de práticas que respeitem o meio ambiente, os diretos humanos e trabalhistas. A ação pioneira se tornou referência global e engaja mais de 2 mil produtores e 20 mil trabalhadores, cobrindo 435 mil hectares de terras a cada safra.
Presente em cerca de 200 municípios de quatro estados – São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás –, o Elos tem 30 colaboradores dedicados integralmente. Apenas no último ano, esse time ajudou a implementar mais de 400 ações de melhoria, resultantes de cerca de 2,5 mil visitas técnicas. Todas as propriedades participantes do Elos foram visitadas pelo menos uma vez. No total, os produtores atendidos cultivaram 35 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Além disso, o programa já dedicou mais de 500 hectares de área de preservação para ações de reflorestamento, em parceria com a SOS Mata Atlântica.
“Os resultados e impactos do programa são notáveis, com melhorias significativas no campo tanto em relações trabalhistas, como segurança ocupacional e conformidade com as leis, quanto em relação ao meio ambiente, como capacitações para operação de máquinas e implementos agrícolas e treinamentos voltados à agricultura regenerativa”, diz Ricardo Berni, diretor de Agronegócios da Raízen. “O principal aspecto é a transformação de nossos fornecedores em defensores das boas práticas de negócios, sustentabilidade ambiental e gestão responsável.” Segundo a Raízen, 44% dos mais de 2 mil fornecedores engajados na iniciativa são produtores de pequeno porte (até 50 hectares), o que reforça o caráter inclusivo do programa.
A Raízen também é pioneira na produção de etanol de segunda geração (E2G) em escala comercial, aproveitando resíduos da cana-de-açúcar (como palha e bagaço). Esse biocombustível reduz significativamente a pegada de carbono e aumenta a eficiência do uso de matéria-prima. A empresa já opera duas plantas de E2G no Brasil, incluindo a maior do mundo, localizada em Guariba (SP). A Raízen ainda transforma subprodutos da produção de açúcar e etanol, como bagaço de cana, em energia elétrica renovável. Além disso, utiliza resíduos industriais como fertilizantes no campo e implementa programas de reutilização da água, reduzindo o desperdício e otimizando recursos naturais.
Os programas das grandes corporações do agro têm em comum o alcance estendido dentro das cadeias de produção. Num ecossistema essencialmente integrado, isso é positivo por não limitar os benefícios apenas às empresas e ativos diretamente ligados ao negócio principal. No caso da Cargill – que trabalha tanto como compradora e processadora quanto como fornecedora de produtos alimentícios e agrícolas para diversos tipos de negócios e indústrias –, não é diferente. O grupo lançou recentemente o Programa ReSolu, que visa transformar áreas degradadas em produtivas e melhorar a saúde do solo. A iniciativa inclui apoio técnico para recuperação de terras para agricultura, uso de insumos que promovem a regeneração do solo, ferramentas financeiras para viabilizar a transição para práticas sustentáveis e monitoramento do impacto ambiental, como a redução de emissões de gases de efeito estufa.
Uma das metas da empresa é recuperar 100 mil hectares de áreas degradadas nos próximos anos. “Não é uma empreitada simples, mas a boa notícia é que cada vez mais produtores rurais, empresas e consumidores estão engajados nessa causa, buscando soluções inovadoras e práticas para garantir um futuro mais sustentável”, diz Marcelo Dalmagro, diretor de Tecnologia e Marketing estratégico da Cargill. Para o executivo, o mercado de proteína animal, em especial, é parte indissociável da solução. Por isso, a Cargill recentemente anunciou uma parceria com a Embrapa para evoluir nos estudos realizados em câmaras respiratórias climatizadas, que representam um grande avanço na precisão da mensuração de emissões de gases de efeito estufa na pecuária de corte.
Outra iniciativa, ao lado da Coopavel, possibilitou a redução de 23% das emissões de amônia na criação de suínos em uma das unidades de produção de leitões da cooperativa, em Cascavel (PR). Nesses estudos, foi utilizada uma dieta para os animais com o aditivo eubiótico Aromex, cuja composição fitoterápica consegue reduzir a amônia em suínos em diferentes fases de crescimento, além de melhorar a eficiência do aproveitamento dos alimentos. As reduções obtidas com o uso da tecnologia equivalem a 119 toneladas de CO2, o que corresponde à queima de 50 mil litros de gasolina.
Para Dalmagro, os maiores ganhos ainda virão da convergência de tecnologias, práticas e conhecimentos para otimizar a produção, reduzir o impacto ambiental e garantir a segurança alimentar. “Podemos esperar avanços significativos em produtividade sustentável a partir da combinação de diversas práticas, como pecuária de precisão, economia circular, energias renováveis e gestão da água”, diz. Segundo o diretor da Cargill, com o crescimento da população e, por consequência, a necessidade de maior produção de alimentos, a fronteira mais promissora continua sendo o aumento da produtividade. “O Brasil, ocupando uma posição estratégica no cenário de produção de alimentos, é um país-chave para a implementação e ampliação de melhores práticas. Por isso, é essencial trazer o produtor para fazer parte desse processo de mudança e de adoção de diferentes ferramentas.”
(quadro 1)
Os países que alimentam o mundo
O Brasil se destaca como um dos protagonistas da produção global de comida
1 – China
É o maior produtor de alimentos, responsável por um quarto de toda a comida cultivada globalmente.
2 – Estados Unidos
É o maior exportador agrícola do mundo, com destaque para milho, soja, trigo e carne bovina.
3 – Brasil
É o maior produtor e exportador de soja. Também é o maior produtor mundial de açúcar e café, e o maior exportador de milho e carne bovina.
4 – Índia
É um dos maiores produtores de trigo e leite do mundo.
5 – Rússia
É um dos maiores produtores de grãos, com destaque para trigo, cevada e milho.
Fonte: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura
(quadro 2)
As 10 nações mais famintas do mundo
Onde a desnutrição é mais grave, afetando principalmente a vida das crianças
1. Somália
Conflitos e crises climáticas deixam 4,8 milhões precisando de suporte nutricional. País tem alta taxa de mortalidade infantil e desnutrição.
2. Iêmen
Conflito desde 2014 causa escassez de alimentos e 49% das crianças sofrem de desnutrição.
3. Chade
Conflitos e mudanças climáticas deixam 17% da população faminta. Tem alta taxa de mortalidade infantil.
4. Madagascar
A agricultura dependente da chuva é ameaçada por secas e ciclones e 40% das crianças sofrem de desnutrição.
5. República Democrática do Congo
Violência e crise econômica deixam 25% da população em insegurança alimentar. A inflação alta afeta os preços dos alimentos.
6. Haiti
Crise humanitária e violência aumentam a insegurança alimentar: 50% da população está desnutrida.
7. Níger
80% da força de trabalho depende da agricultura, 47% das crianças sofrem de desnutrição e 12% não chegam aos 5 anos.
8. Libéria
Após guerra civil e surtos de Ebola, 47% da população enfrenta insegurança alimentar. A agricultura é afetada pelas mudanças climáticas.
9. República Centro-Africana
Crise humanitária deslocou 25% da população e deixou um terço faminta.
10. Coreia do Norte
Insegurança alimentar crônica e desnutrição infantil são comuns, afetando mais de 53% da população.
Fonte: Global Hunger Index – Concern Worldwide/Welthungerhilfe