Edição 27 - 27.11.21
A febre suína Africana provocou pânico nos criadores de porcos ao redor do mundo. Uma epidemia matou dezenas de milhões de animais na China e no Sudeste Asiático, chegou a ser registrada em localidades do Haiti e da República Dominicana e acendeu o alerta em países como o Brasil e os Estados Unidos, que possuem grandes rebanhos e são exportadores de carne suína. O prejuízo provocado pode ter superado os US$ 100 bilhões. Não por acaso, um anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), no final de setembro passado, foi festejado em todo o mundo. Em um estudo publicado no jornal “Transboundary and Emerging Diseases”, o USDA confirmou que pesquisadores do Serviço de Pesquisa Agrícola obtiveram sucesso no desenvolvimento de uma vacina contra o vírus causador da doença. Nos testes realizados com animais, a efetividade do imunizante, produzindo a partir da retirada de material genético do próprio vírus, chegou a 100% depois de quatro semanas da aplicação. O USDA tem cinco outras vacinas patenteadas contra a febre suína africana, mas esta foi a primeira a demonstrar-se viável, inclusive para a produção em larga escala, o que deve ocorrer já nos próximos meses.