A eficiência na conversão do amido em etanol, e não apenas o aumento da moagem de grãos, será o fator determinante para o cumprimento das metas de produção de biocombustíveis no Brasil. A avaliação é da LBDS (Lallemand Biofuels & Distilled Spirits), multinacional com mais de 100 anos de atuação e líder mundial no fornecimento de soluções inovadoras para o setor de etanol de cana e milho.
A empresa defende um foco maior na eficiência produtiva para diminuição dos custos com insumos e aumento da rentabilidade das biorrefinarias brasileiras.
Pioneira no desenvolvimento e fornecimento de leveduras de alta performance para a indústria de biocombustíveis, a LBDS também tem ampliado sua atuação no mercado de enzimas. A recente aquisição da divisão de enzimas da BASF fortalece essa frente e permite à empresa oferecer soluções integradas que aumentam a produtividade industrial e otimizam a conversão do amido em etanol.
Segundo a Lallemand Biofuels & Distilled Spirits, cerca de 80% do custo do etanol de cereais no país está na matéria-prima, o que torna essencial a adoção de tecnologias capazes de maximizar a conversão e reduzir perdas. “A prática de fermentações com altos sólidos visando aumento de moagem não é nenhum pecado, porém, só é válida quando a biorrefinaria tem a infraestrutura operacional adequada para um processo deste perfil e consegue, assim, associar aumento de produtividade com alto rendimento. Do contrário, a conta não fecha”, explica Fernanda Firmino, vice-presidente de biocombustíveis da LBDS para a América do Sul.
Eder Bordin, gerente de tecnologia e inovação da LBDS South America, reforça algumas considerações de processos importantes em fermentações com altos sólidos: “Um desafio observado pelas biorrefinarias que trabalham com altos sólidos é incapacidade de finalizar as fermentações, que se arrastam para além de 60 horas. Isso resulta em perdas significativas de açúcar residual e, consequentemente, de etanol, reduzindo tanto a produtividade quanto o rendimento. Por outro lado, é possível aumentar a produtividade com fermentações com menos sólidos, e finalizando antes de 60 horas. Deste modo, converte-se o máximo do amido em etanol, e ainda se ganha em número de bateladas no ano, o que pode levar ao aumento da moagem da mesma forma”, explica Eder.
O Brasil vive atualmente um momento de juros elevados, com a taxa Selic em 14,25% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central em março de 2025. Essa medida visa conter a inflação acumulada de 4,50% nos últimos 12 meses, ainda acima da meta de 3% estabelecida para o período. Esse contexto pressiona os custos operacionais de toda a cadeia produtiva, especialmente nos setores intensivos em capital, como o de biocombustíveis.
“Nesse cenário de juros altos, principalmente, precisamos espremer o milho, ou seja, extrair o máximo da matéria-prima para fazer mais com menos, e não mais com mais!”, ressalta Fernanda Firmino.
O diferencial das soluções da Lallemand está no foco na conversão otimizada dos cereais, realizada por leveduras biotecnológicas de alta performance, que garantem fermentações rápidas com total aproveitamento, alta produtividade e maior produção de etanol por tonelada de milho processado.
Com presença em mais de 50 países, a empresa reafirma seu compromisso em intensificar investimentos em pesquisa e desenvolvimento para alavancar a produção de etanol sustentável no Brasil. Seus produtos aumentam em até 6% a produtividade do biocombustível, com fermentações mais rápidas, e elevam as margens operacionais para 24,5%, ante 22,9% com leveduras convencionais, sem demanda de novos investimentos em CAPEX e OPEX. É um cenário que favorece produção de etanol com competitividade econômica e sustentabilidade.
“Nosso legado centenário de inovação, somado à expertise técnica e à produção local, nos permite oferecer soluções robustas e sob medida para impulsionar a eficiência da indústria brasileira”, conclui Fernanda.
A LBDS já é protagonista no setor: responde por quase metade de todo o mercado de biotecnologia aplicada ao etanol de milho no Brasil — e sua tecnologia já está presente em uma parcela significativa da produção nacional de etanol de cana. Com a modernização das biorrefinarias em curso, a empresa está posicionada para um crescimento exponencial nos próximos anos.





