Israel

Por dentro do kibutz Alvo dos ataques do Hamas, os kibutzim se tornaram um dos principais símbolo


Edição 40 - 14.01.24

Por dentro do kibutz

Alvo dos ataques do Hamas, os kibutzim se tornaram um dos principais símbolos da construção do Estado de Israel. Entenda o que eles são, como funcionam e seu papel para a produção agrícola do país

O que são

Em hebraico, kibutz significa “assembleia” ou “grupo coletivo”. De forma simplificada, são comunidades onde as pessoas vivem, trabalham e produzem em conjunto. Neles, as propriedades são coletivas e existe igualdade social.

História

O primeiro kibutz foi fundado em 1909, em terras compradas pelo Fundo Nacional Judaico ao sul do Lago Kineret, então sob o controle do Império Otomano. Ao longo do tempo, vários outros agrupamentos desse tipo foram criados pela sociedade israelense.

Estado de Israel

Os kibutzim tiveram papel-chave na formação do Estado de Israel. Sua premissa era um tanto utópica: cada um de acordo com as suas capacidades, ou de acordo com as suas necessidades. Nos primeiros kibutzim, produziam-se apenas os alimentos necessários para consumir.

Crise

Nos anos 1980, com a crise econômica em Israel, o modelo cooperativista dos kibutzim entrou em xeque. Endividados, muitos moradores dessas comunidades rurais as abandonaram em busca de oportunidades nas áreas urbanas.

O papel do agro

A valorização da terra produtiva é um dos pilares dos kibutzim. Estima-se que atualmente respondam por 40% da produção agrícola do país. Nos últimos anos, as comunidades voltaram a atrair jovens interessados em manter contato mais próximo com a natureza.

Quantos são

Hoje em dia, cerca de 125 mil pessoas – uma fração das 9,3 milhões de pessoas que vivem em Israel – moram nos cerca de 250 kibutzim espalhados pelo país, de acordo com a Agência Judaica para Israel.

Os kibutzim modernos

Muitos kibutzim foram privatizados e adotaram meios modernos de produção. Em média, abrigam mil habitantes, que trabalham em diversas atividades manufatureiras.