Edição 38 - 07.08.23
Índia
A Índia se tornou nos últimos anos um dos países mais inovadores do mundo. Fortes aportes do governo em pesquisa e desenvolvimento acompanhados por um vigoroso ecossistema de startups foram os responsáveis por transformar uma nação pobre em referência global no tema. No agronegócio, não poderia ser diferente. Há pelo menos uma década a Índia vem construindo um vibrante modelo de inovação na cadeia de produção de alimentos. Acompanhe os números superlativos do setor.
A força das agtechs
De acordo com a empresa de venture capital AgFunder, as startups ligadas ao agronegócio indiano receberam, no ano passado, US$ 2,4 bilhões – nesse quesito, a Índia só fica atrás dos Estados Unidos. A expectativa é de triplicar o número nos próximos três anos.
Delivery lidera
A categoria de delivery de alimentos é a que mais atrai a atenção dos investidores. Em 2022, foram captados US$ 776 milhões, valor 13% acima do apurado no ano anterior. Sozinha, a categoria recebeu 32% de todos os investimentos feitos em agtechs em 2022.
A startup dos bilhões
Nos últimos dois anos, a Swiggy, principal startup de entrega de alimentos da Índia, levantou cerca de US$ 1 bilhão. A empresa está avaliada atualmente em US$ 10,7 bilhões. Entre os principais investidores da Swiggy está o conglomerado japonês SoftBank.
Finanças no campo
Os serviços financeiros voltados ao agronegócio também estão em alta no país. Segundo o levantamento da AgFunder, eles angariaram US$ 428 milhões no ano passado. A cifra deverá crescer em 2023.
Cadê a sustentabilidade?
Uma área ainda pouco explorada no país é a sustentabilidade. Projetos ligados a bioenergia e biomateriais receberam apenas US$ 188 milhões no ano passado. Nesse campo, os indianos estão mais atrasados do que brasileiros e americanos.
Mais etanol
A Índia implementou no início do ano o percentual de mistura de 20% de etanol na gasolina vendida no país. O objetivo principal da medida é reduzir a dependência do país de importações de petróleo.
Economia em expansão
Até 2030, a Índia deverá se tornar a terceira maior economia do mundo, de acordo com a agência S&P Global, com projeção de crescimento médio de 6% ao ano.