Limpeza às claras

EUA Limpeza às claras Para qualquer coisa que olha, o cientista Craig Arnold, especializado na cria


22.02.23

EUA

Limpeza às claras

Para qualquer coisa que olha, o cientista Craig Arnold, especializado na criação de materiais para aplicações de engenharia, busca enxergar uma utilidade. Trabalhando atualmente na procura de um material fácil e barato para filtrar os microplásticos da água do oceano, certo dia, ao comer um sanduíche, ele imaginou que o pão tinha uma estrutura que poderia ser propícia a esse fim. Suas pesquisas evoluíram, ele testou várias possibilidades, mas a mais promissora estava em outro ingrediente daquela refeição: o ovo. Segundo estudo publicado por ele e outros pesquisadores da Universidade de Princenton (EUA), a clara dos ovos — manipulada em um processo que vai do congelamento ao aquecimento a mais de aquecem a mais de 900 graus Celsius em um ambiente sem oxigênio – pode se transformar em uma “estrutura de fios interconectados de fibras de carbono e folhas de grafeno”. E, assim, serviria para a fabricação de um mecanismo de filtragem de água que pode remover sal e microplásticos da água do mar com cerca de 98% de eficiência. Estima-se que existam hoje cerca de de 14 milhões de toneladas de microplásticos no fundo dos oceanos. Galinhas, ao trabalho!

 

[Nota 5 – FOTO NO LINK ABAIXO]

ÁFRICA DO SUL

Patrulha silenciosa

 

Na luta contra a caça ilegal, o silêncio é uma arma poderosa. Em áreas de preservação em diversos países da África, é usando esse trunfo que guardas florestais estão conseguindo combater a ação de invasores e, assim, proteger da morte e da captura dezenas de espécies em risco de extinção. Até o ano passado, as patrulhas desses parques utilizavam motocicletas movidas a gasolina. Barulhentas, elas alertavam os caçadores quando ainda estavam a quilômetros de distância, permitindo sua fuga. Agora, os veículos foram substituídos por 50 motos elétricas off road, fornecidas pela fabricante sueca Cake à organização Southern African Wildlife College (SAWC), com sede próximo ao Parque Nacional de Kruger, na África do Sul. A entidade fornece equipes treinadas para 127 parques em todo o continente. “Essas motos são silenciosas, o que facilita a abordagem de caçadores furtivos sem ser detectados”, diz Mfana Xaba, líder da equipe anti-caça SAWC. As e-bikes resolveram outros problemas dos parques. A gasolina para mover as antigas tinha de ser rtrazida de longe, às vezes até por helicópteros, e muitas vezes era roubada pelos próprios invasores. A Cake apatou as motos para o uso nos parques, trocando seus pneus e fornecendo um sistema de software que fornece navegação, comunicação e identificação de localização.

 

https://www.wired.com/story/anti-poaching-ebikes/?bxid=6339f055756823f4ec0f7bb3&cndid=71014650&esrc=BX_Multi1st_DailyExi&mbid=mbid%3DCRMWIR012019%0A%0A&source=EDT_WIR_NEWSLETTER_0_DAILY_ZZ&utm_brand=wired&utm_campaign=aud-dev&utm_content=WIR_Daily_110622&utm_mailing=WIR_Daily_110622&utm_medium=email&utm_source=nl&utm_term=P4

 

[nota 6 – foto de pecuária na NZ]

NOVA ZELÂNDIA

O imposto do arroto

 

O rebanho da Nova Zelândia soma cerca de 36 milhões de cabeças – 26 milhões de ovinos e 10 milhões de bovinos. É mais de sete vezes a população do país, estimada em 5 milhões de habitantes. É a pecuária que gera mais da metade da receita de exportações, proveniente da venda de laticínios, carnes e lã. Mas nem isso impediu que a primeira ministra Jacinda Arden colocasse os animais (e nos seus criadores) na mira de um de seus mais controversos projetos: o imposto do arroto. Sim, ela pretende taxar os produtores neozelandeses com base no cáculo das emissões de seus rebanhos. A agropecuária responde por metade das emissões de gases de efeito estufa no país e a chefe de governo quer faturar com isso. Em tempo: o dinheiro arrecadado, ela promete, voltaria para o setor, financiando pesquisas, tecnologias e pagamento por serviços ambiengtais, como o plantio de árvores nas fazendas. A ideia não foi exatamente bem recebida. Dias depois do seu anúncio, em meados de novembro, produtores de várias regiões promoveram protestos e os tratoraços chegaram à capital, Auckland.