Edição 30 - 22.06.22
As bitucas de cigarro são grandes vilãs da poluição ambiental. Cada uma delas, deixada na natureza, leva 12 anos para desaparecer, mas antes disso espalha um rastro de substâncias químicas pelo caminho. Por isso mesmo, a inovação desenvolvida pela startup francesa TchaoMegot é considerada revolucionária. A empresa criou um método que possibilita a reutilização dos filtros, transformando-os em tecido e outros materiais. Funciona assim: a folha de papel, as cinzas e o resto de tabaco de cada cigarro são separados e, depois, levados para a compostagem. Por meio de um intrincado sistema de filtragem, são extraídas todas as substâncias tóxicas presentes na bituca, incluindo a nefasta nicotina. O produto resultante da compostagem é uma fibra que pode ser convertida em matéria-prima para tecidos isolantes. Segundo a TchaoMegot, a fibra funciona bem na construção – para o isolamento de paredes – e, especialmente, na fabricação de roupas. Um colete de inverno, por exemplo, utiliza os filtros de 3,2 mil cigarros.