08.03.22
Comprimir milhares de anos de história do vinho em umas poucas linhas não é tarefa fácil. Mas uma visão dessa jornada, em time-lapse, seria mais ou menos assim.
O primeiro vinho pode ter surgido de uma fermentação espontânea, antes mesmo do homem, já que a videira nos precedeu no planeta. Admite-se, hoje, que o primeiro vinho pode ter sido elaborado no Cáucaso (cordilheira entre a Geórgia e a Armênia, no Extremo Leste da Europa) há cerca de 8 mil anos.
Registros posteriores mostram que já se vinificava na Mesopotâmia. O Egito foi a primeira civilização a documentar em detalhes o processo de vinificação. O vinho era a bebida dos Faraós. Os escravos bebiam cerveja.
Do Egito, o vinho foi para a Grécia. Os gregos foram grandes vitivinicultores. Tinham até um deus para a bebida: Dionísio. Mas os gregos bebiam seu estranho vinho misturado com água salgada do mar, mel e ervas. Da Grécia, o vinho foi para Roma. Era a bebida das festas e orgias. Baco era o deus romano do vinho.
O Império Romano plantou vinhas por toda a Europa. As Legiões Romanas bebiam vinho em vez de água. Era mais seguro. A água dos poços podia estar envenenada pelos povos de nações ocupadas ou contaminada por bactérias. Consta que os legionários romanos combatiam meio bêbados.
Os monges da Igreja Católica ajudaram a organizar e a melhorar a qualidade das vinhas e dos vinhos na Europa. Eles atuaram na Borgonha, França, por exemplo, por cerca de mil anos. O vinho era reserva de calorias para os longos e rigorosos invernos. Alimentava os monges, dava-lhes e energia, vitaminas e um pouco de alegria.
Com as conquistas europeias de além-mar, o vinho se espalhou para a América e o Novo Mundo. Hoje, a grande expansão da viticultura se dá para a Ásia. Mas se faz vinho atualmente em quase todo o mundo, além das regiões tradicionais: China, Japão, Índia, Rússia, Canadá, Israel, Japão, Líbano, Inglaterra, Peru, Bolívia… A bebida que nasceu no Cáucaso conquistou o mundo no século 21.
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