Edição 25 - 07.07.21
A agricultura africana sofre, anualmente, com perdas que somam mais de US$ 3,5 trilhões provocadas apenas pela presença de pragas exóticas – ou seja, trazidas de outros locais e disseminadas pelas lavouras do continente. O número, assustador, consta de um estudo publicado pelo Centro Internacional para Biociência e Agricultura (CABI, na sigla original), uma organização sem fins lucrativos voltada para a pesquisa na região. “Esse valor tão elevado nos surpreendeu”, afirmou ao The New York Times o cientista René Eschen, do CABI. “O estudo demonstra que há uma necessidade urgente de se adotar medidas capazes de mitigar o efeito das espécies invasoras já presentes e evitar a disseminação de novas espécies.” Parte dessas invasoras pode ter sido introduzida em ações malsucedidas de controle de pragas. Sem inimigos naturais, elas se multiplicaram e acabaram se tornando um problema ainda maior. O país mais atingido seria a Nigéria, com mais de US$ 1 trilhão em perdas. Já as culturas com maiores perdas seriam as de tomates, milho e mandioca.
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