Edição 25 - 28.06.21
Para os produtores de maçãs dos Estados Unidos, duas siglas representam pavor e morte nos últimos anos. Uma, a Covid-19, ameaça vidas humanas. Outra, a RAD, tem provocado temor pelos estragos em seus pomares. As três letras resumem rapid apple decline, ou o declínio rápido das maçãs, uma síndrome que tem simplesmente exterminado grandes áreas plantadas, sobretudo na costa leste do país – no estado da Carolina do Norte, por exemplo, cerca de 80% dos pomares foram afetados. As árvores, principalmente as mais jovens, sofrem uma espécie de morte súbita. Desenvolvem-se normalmente e parecem saudáveis até a chegada do verão. E, então, tombam mortas. Os primeiros casos foram identificados na Pensilvânia, em 2013, mas se tornaram mais graves e frequentes nos últimos anos. Até hoje a causa da síndrome é um mistério. As hipóteses variam de um vírus desconhecido às variações dos padrões de temperatura em função do aquecimento global. Preocupado, o governo americano destinou recursos especialmente para financiar estudos que investigam o que provoca a RAD e como enfrentá-la. É mais uma corrida da ciência contra o tempo.
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