AMA…ZÔNIA

Fujo novamente do tema central da coluna para expressar meu cansaço deste ambiente cheio de notíci


29.08.19

Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D., é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, multiempreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria e investidor em empresas.  Acesse www.marcoripoli.com

Fujo novamente do tema central da coluna para expressar meu cansaço deste ambiente cheio de notícias fabricadas que em momentos favorecerem alguns e em outros momentos prejudicam.  Tudo bem, eu sei que é assim há centenas de anos. Porém, com toda acessibilidade de um smartphone nas mãos e a facilidade de divulgação nas redes sociais, isso piorou demais. Fake ou fato, verdade ou mentira, intencional ou sem querer, enfim existem muitos adjetivos, chamem do que quiser.

O foco do mundo hoje está voltado à questão da Amazônia…  e que bom, mas porque só agora?  É no mínimo estranho ou curioso como outros “povos” se sentem dono de um bem que é nosso, dos brasileiros, e, não obstante, querendo interferir em “nossas” ações.  Será que os demais países, pelo menos os mais desenvolvidos e do chamado “velho mundo”, não têm outras coisas para se preocupar dentro de suas “próprias casas”?  “Doar” dinheiro para ONGs e/ou mesmo governo brasileiro para cuidar da Amazônia não significa abrirmos precedentes para receber exigências em contrapartida!  Certo?

Não tenho intenção de criticar ou defender nenhuma das associações, organizações, instituições e órgãos governamentais, mas muito do que foi dito nas mídias foi criado para escutarmos o que queriam que escutássemos e vice-versa.  Sempre devemos desconsiderar o que é dito, principalmente saber avaliar o que é errado, em qualquer situação em que notícias se propaguem sem base técnica e, pior, sem ética.  Não devemos elaborar críticas sem embasamento, mas é prática comum principalmente por aqueles com interesse em manipular a massa ignara, que mais carece de informação.

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Existe muita distorção ao redor das estimativas do desmatamento da Amazônia oriunda dos vários responsáveis pelas medições, empresas brasileiras e estrangeiras, pois cada metodologia exprime um número diferente.  Uma das maneiras de reduzir as chances de erro é acompanhar uma fonte única confiável de divulgação para ter consistência no levantamento.  Afinal o importante é saber se está diminuindo ou aumentando e agir com base nisso.

Quando tratamos de dados públicos devemos buscar analisar em que cenário o país se encontra inserido e em qual momento estes dados foram divulgados, quais as vertentes (positivas e negativas), o que se busca com aquela noticia (polemizar? ou informar?), sabendo que a qualidade dos dados ajuda na análise e na compreensão da nossa realidade, beneficiando assim a todos.

Eu acredito no Brasil.

O Agro não para!

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TAGS: Agronegócio, Amazônia, Sustentabilidade