29.08.19
Fujo novamente do tema central da coluna para expressar meu cansaço deste ambiente cheio de notícias fabricadas que em momentos favorecerem alguns e em outros momentos prejudicam. Tudo bem, eu sei que é assim há centenas de anos. Porém, com toda acessibilidade de um smartphone nas mãos e a facilidade de divulgação nas redes sociais, isso piorou demais. Fake ou fato, verdade ou mentira, intencional ou sem querer, enfim existem muitos adjetivos, chamem do que quiser.
O foco do mundo hoje está voltado à questão da Amazônia… e que bom, mas porque só agora? É no mínimo estranho ou curioso como outros “povos” se sentem dono de um bem que é nosso, dos brasileiros, e, não obstante, querendo interferir em “nossas” ações. Será que os demais países, pelo menos os mais desenvolvidos e do chamado “velho mundo”, não têm outras coisas para se preocupar dentro de suas “próprias casas”? “Doar” dinheiro para ONGs e/ou mesmo governo brasileiro para cuidar da Amazônia não significa abrirmos precedentes para receber exigências em contrapartida! Certo?
Não tenho intenção de criticar ou defender nenhuma das associações, organizações, instituições e órgãos governamentais, mas muito do que foi dito nas mídias foi criado para escutarmos o que queriam que escutássemos e vice-versa. Sempre devemos desconsiderar o que é dito, principalmente saber avaliar o que é errado, em qualquer situação em que notícias se propaguem sem base técnica e, pior, sem ética. Não devemos elaborar críticas sem embasamento, mas é prática comum principalmente por aqueles com interesse em manipular a massa ignara, que mais carece de informação.
Existe muita distorção ao redor das estimativas do desmatamento da Amazônia oriunda dos vários responsáveis pelas medições, empresas brasileiras e estrangeiras, pois cada metodologia exprime um número diferente. Uma das maneiras de reduzir as chances de erro é acompanhar uma fonte única confiável de divulgação para ter consistência no levantamento. Afinal o importante é saber se está diminuindo ou aumentando e agir com base nisso.
Quando tratamos de dados públicos devemos buscar analisar em que cenário o país se encontra inserido e em qual momento estes dados foram divulgados, quais as vertentes (positivas e negativas), o que se busca com aquela noticia (polemizar? ou informar?), sabendo que a qualidade dos dados ajuda na análise e na compreensão da nossa realidade, beneficiando assim a todos.
Eu acredito no Brasil.
O Agro não para!
Clique aqui para conferir todas as #ColunasPlant.
TAGS: Agronegócio, Amazônia, Sustentabilidade