22.06.18
A Revolução Industrial tem mudado fundamentalmente a sociedade e economia mundial. Muitas vezes, o termo “desenvolvimento” pode indicar algum atraso quando se fala em “revolução”, mas o que realmente significa é uma mudança rápida e significativa, que deflagra grandes alterações em um determinado período de tempo.
Neste sentido, em diversos setores indústrias surgiram e substituíram pequenos locais fabris, na sua maioria artesanais. Fábricas têxteis e cerâmica, por exemplo, foram um dos primeiros a se beneficiar deste novo mundo de nova infraestrutura logística (canais, linhas férreas), que permitiu a distribuição mais eficiente dos produtos. No caso da agropecuária não foi diferente. Hoje empresas como a John Deere, fundada em 1837, são importantes exemplos de como o homem foi se desenvolvendo e migrando em busca de novas tecnologias para conquistar novos patamares de produtividade e redução de custos de produção.
Por volta de 230 anos atrás foi criado o primeiro tear mecânico (datando de 1784) e desde então é possível dividir a história mais recente em quatro períodos, no curso da chamada de Revolução Industrial. São eles:
- 1ª Revolução Industrial (Era do Vapor) – Começou no final do século 18, com a produção de máquinas movidas a água e vapor.
- 2ª Revolução Industrial (Era da Eletricidade) – Deu início no começo do século 20, com a produção de máquinas movidas a eletricidade, com a criação da esteira transportadora e da produção em massa (ícones como Henry Ford e Frederick Taylor).
- 3ª Revolução Industrial (Era da Computação) – Acontece no início dos anos 70 e foi marcada pela automação digital da produção por meio de eletrônica.
- 4ª Revolução Industrial (Era da Inteligência) – Marcada pela Inteligência Artificial, Nanotecnologia, Biotecnologia, Computação Quântica, Robótica, Internet das Coisas, Impressão 3D e Automação de Veículos.
Atualmente estamos no início do quarto período, que também é chamado de Era Cibernética. Os sistemas cibernéticos são consequência da integração da produção, sustentabilidade e satisfação dos clientes, formando a base de sistemas e processos de rede inteligentes.
Já se pode pensar em microprocessadores que funcionam como cérebros de dispositivos digitais e de sistemas complexos. A enorme aceleração do uso da Internet na indústria e no campo vem do crescimento massivo de dispositivos digitais, como câmeras de vídeo, leitores RFID, tablets, etc., os quais visam melhorar a qualidade, eficiência e segurança das operações de produção e processo nas cidades e no campo.
Está cada dia fica mais fácil conectar dispositivos, máquinas, fábricas completas e outros diversos ambientes industriais e processos à Internet. Em 2013 foi criado o “IP Advantage Consortium”, entidade engajada neste tema, permitindo que todas as infraestruturas e aplicações de redes se beneficiem de uma conectividade ponta a ponta.
Nesta mesma linha, cada vez mais a possibilidade de processar e analisar significativamente maiores fluxos de informação de produção e processos vai permitir e auxiliar empresas a operarem de forma inovadora e flexível. Nas fazendas de todo mundo existe mais e mais volume de dados sendo gerados dentro dos sistemas produtivos, estimulando novas soluções de gerenciamento e tomada de decisões.
A Internet de Coisas & Serviços está realmente começando a tomar forma, promovendo novas modalidades de serviços e de comercialização, novas experiencias de usuários (clientes) e a capacidade de ligar os mundos físicos e virtuais cada vez mais é evidente. Isso é (felizmente) um caminho sem volta, para todos nós! Estamos preparados?
O Agro não para!
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TAGS: Agricultura 4.0, Marco Ripoli, Quarta Revolução Industrial