Os robôs da pecuária

Empresas de vários setores estão buscando mais o apoio de máquinas inteligentes para executar tar


12.11.18

Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D., é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, empreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, da ENERGIA DA TERRA empresa de alimentos saudáveis e investidor de empresas.

Empresas de vários setores estão buscando mais o apoio de máquinas inteligentes para executar tarefas em que a ação do homem não é tão valiosa.  Um exemplo recente é o “robô cowboy”, ou cow-robot, desenvolvido pela americana Cargill para trabalhar na lida do gado nos confinamentos da empresa nos EUA.

O trabalho com animais de grande porte é motivo de constante preocupação nestas propriedades rurais, porque não há nenhuma maneira de saber como o animal irá reagir a uma intervenção humana.  Sendo assim, é comum encontrar neste ambiente funcionários utilizando equipamentos de proteção, como capacetes, coletes e caneleiras neste tipo de atividade, expondo-se a uma operação de risco.

Este robô foi projetado para funcionar como um dispositivo de segurança, mas ao longo sua introdução vem recebendo melhorias para transformá-lo em um equipamento de sucesso na condução do gado.  Mudanças como estruturas plásticas para metálicas, que promovem maior durabilidade e resistência, e adequação do sistema rodante, que precisa operar sobre condições adversas de solo, são algumas delas.  Adicionou-se um sistema de sopro para “tocar” o gado, eliminando a necessidade de tocá-lo fisicamente, dois longos braços sustentando sacos plásticos, que funcionam como bandeiras, e um sistema de comunicação por alto falante para o “peão” interagir com os animais.  É operado via controle remoto.

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A empresa holandesa LELY também vem contribuindo com avanços tecnológicos para as fazendas de leite com seu robô de ordenha, já comum na Europa por algum tempo e recentemente ganhando espaço nos Estados Unidos.

Patrocínio: Tokio Marine

O animal quando encaminhado para ordenha entra na sala onde o robô se encarrega por toda a operação.  Primeiro, um leitor identifica o animal, o qual recebe em seguida alimento durante o processo. Na sequência, o robô mapeia a laser o úbere, esteriliza e acoplada os mecanismos de ordenadora.  Quando a ordenha é finalizada a vaca é liberada automaticamente.

Quando lançado, foi motivo de preocupação de vários fazendeiros, pois se acreditava na possibilidade de queda da produção do leite devido a intervenção de uma máquina.  O que no entanto não se efetivou…  Foram surpreendidos com a receptividade e aumento na qualidade por ordenha.

Esta e outras tecnologias interessantes permitem que o trabalho nas fazendas possa se estender por toda a duração do dia, contribuindo com o aumento da eficiência das operações agropecuárias.  Com o uso deste robô é possível realizar mais de três ordenhas em um mesmo dia, utilizando-se da mesma quantidade de funcionários, permitindo assim que as pessoas possam tomar conta de outras tarefas de relevância na fazenda.

O Agro não para!

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