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Santander prevê crescer entre 25 e 30% em crédito destinado ao produtor rural este ano
16 de julho de 2021
diretor responsável pela área de Agronegócios do Santander Brasil, Carlos Aguiar Neto
Diretor responsável pela área de Agronegócios do Santander Brasil, Carlos Aguiar Neto

Santander prevê crescer entre 25 e 30% em crédito destinado ao produtor rural este ano, com firme demanda externa por grãos e carnes, preços favoráveis para produtos do setor sucroenergético e dólar valorizado

O agronegócio brasileiro tem demanda superior de crédito em relação ao que o governo é capaz de ofertar por meio da política oficial. Recursos subsidiados são gradativamente substituídos por fontes privadas. É uma agenda em transformação, acompanhada de perto pelo Santander, que ano a ano avança em participação no crédito para o produtor rural.

A carteira de crédito ampliada (que considera recursos obrigatórios e livres, BNDES, Funcafé e os títulos CPR e CDCA) do banco aumentou 285% entre dezembro de 2015 e fevereiro de 2021, saltando de R$ 6,086 bilhões para R$ 23,436 bilhões. Em 2020, o crescimento foi de 18,6%, para R$ 23,391 bilhões, sobre o ano anterior.

Em 2021, o Santander prevê crescer entre 25 e 30% sua carteira de crédito para o agronegócio, por conta da firme demanda externa por grãos e carnes, preços favoráveis para produtos do setor sucroenergético, sobretudo o açúcar, e dólar valorizado.

O banco também continuará reforçando a estrutura de atendimento, com o planejamento de abertura, ainda este ano, de 50 a 80 novas agências exclusivas para o agronegócio, especialmente nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, conforme destaca o diretor responsável pela área de Agronegócios do Santander Brasil, Carlos Aguiar Neto, na entrevista a seguir:

Qual o cenário de crédito rural para a temporada 2021/22?

Carlos Aguiar: Os depósitos à vista e as aplicações na poupança rural cresceram. A expectativa é de mais recursos para operações de custeio, notadamente mais de curto prazo. Já para linhas destinadas a investimentos, o custo de captação já está maior, com juros mais altos, devido ao cenário fiscal e de endividamento público – agravados pela pandemia.

O que o Santander prepara diante deste cenário?

Carlos Aguiar: A despeito do período desafiador, o agronegócio vai muito bem. Estamos otimistas, investindo em tecnologia, a fim de melhorar a experiência do cliente no processo de tomada de crédito, tornando-o mais ágil, assertivo. Também estamos investindo na abertura de novas agências focadas no agro.

Como foi a evolução da captação de recursos por meio de títulos como CRA e LCA nos últimos anos?

Carlos Aguiar: O mercado de capitais conectado ao financiamento do agronegócio enfrenta percalços, mas é cada vez mais ativo. As captações por meio de LCAs registraram certo recuo, já que se trata de títulos de renda fixa, e com os juros em patamares mais baixos, ficaram menos atraentes aos olhos dos investidores. Mesmo assim, mantivemos um volume em carteira de aproximadamente R$ 15 bilhões. As operações via Certificados Recebíveis do Agronegócio (CRAs) crescem por se tratar de um título de renda fixa, que costuma oferecer rendimento mais alto.

A agenda de crédito rural está em transformação, com o Tesouro Nacional passando a focar mais no pequeno. Como o Santander enxerga esse processo?

Carlos Aguiar: É um movimento correto. O agro brasileiro é moderno, profissional, tecnológico, e as finanças do setor precisam acompanhar isso. O produtor quer é crédito rápido, confiável, acessível. Boa fatia dos produtores já vem se movimentando em busca de diversidade de fontes de recursos, e acompanhamos de perto esse quadro, com o objetivo de oferecer mais e melhor crédito.

Critérios relacionados ao compliance socioambiental serão cada vez mais adotados para concessão de financiamento?

Carlos Aguiar: A agenda pautada pela governança socioambiental (ESG, na sigla em inglês) veio para ficar. Exigências relacionadas a atributos como originação e rastreabilidade só aumentam. Nós temos monitoramento diário com relação ao compliance socioambiental vinculado à concessão de crédito.

Qual a estimativa de participação do Santander no financiamento agrícola na safra 2021/22?

Carlos Aguiar: Nossa meta é crescer em oferta de crédito entre 25 e 30%. A firme demanda externa por grãos e carnes, preços favoráveis para produtos do setor sucroenergético, sobretudo o açúcar, e dólar valorizado são fatores de impulso ao agronegócio, e consequentemente da necessidade de mais recursos para o setor.

 

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