Fiasco orgânico

Edição: 30
1 de julho de 2022

Em abril do ano passado, o presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, proibiu o uso de pesticidas e fertilizantes no país. Sua ideia era arrojada: tornar o Sri Lanka a primeira nação com agricultura 100% orgânica. O que parecia ser uma proposta sustentável revelou-se, na verdade, um grande equívoco. Seis meses depois de a medida ser anunciada, quase um terço de todas as terras agrícolas do país permaneceu inativa. Em diversas regiões do Sri Lanka, a produção de arroz caiu 20%, o que obrigou o governo a desembolsar US$ 450 milhões para importar o cereal e evitar a falta do produto. Além disso, outros US$ 200 milhões foram pagos aos agricultores como forma de compensar suas colheitas estéreis e quebras de safra. Para o consumidor final, o resultado foi igualmente trágico: o preço do arroz disparou 50% em menos de um ano. Outras lavouras também sofreram. O setor do chá, produto mais exportado do país, teve prejuízos de US$ 425 milhões. Diante de tantos efeitos adversos, o governo foi obrigado a suspender a proibição de pesticidas.

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