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Bayer e Monsanto já podem ser uma única empresa no Brasil

Cade aprova, com restrições, fusão das duas gigantes de biotecnologia
7 de fevereiro de 2018

A porteira, que estava entreaberta, agora está definitivamente escancarada. As gigantes Bayer e Monsanto receberam nesta quarta-feira aval do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para formarem uma única companhia no Brasil. Elas já haviam conseguido sinal verde para a fusão de suas operações em outros 15 países, mas ainda enfrentam dificuldades para convencer os órgãos reguladores dos Estados Unidos e União Europeia.

A compra da americana Monsanto pela alemã Bayer, por US$ 66 bilhões, foi anunciada em há um ano e meio. Juntas, as duas formarão a maior empresa de defensivos e sementes do mundo. Por aqui, a aprovação foi feita com ressalvas, segundo a proposta do relator do processo, o conselheiro Paulo Burnier. A principal delas já estava resolvida: a venda, pela Bayer, de sua divisão de sementes e herbicidas para a também alemã Basf, negócio selado em novembro passado. Outros três conselheiros do Cade acompanharam o voto do relator. Dois foram contrários.

Com tecnologias complementares em várias áreas, principalmente em biotecnologia, a expectativa é de que, uma vez juntas, as duas empresas promovam um novo ciclo de inovações na agricultura.O principal foco seria uma nova geração de sementes modificadas com a tecnologia CRISPR, uma ferramenta de edição de genes que enfrentaria menos restrições entre aqueles que se opõe aos produtos transgênicos (para saber mais, leia o artigo “O Gene do Apetite da Bayer”).

 

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