O Olivicultor Galvão Bueno

Recém-lançado, o azeite AZ 0.2 é o mais novo item do portfólio da Bueno Wines, grife de vinhos


28.06.18

Irineu Guarnier Filho é jornalista especializado em agronegócio, cobrindo este setor há três décadas. Metade deste período foi repórter especial, apresentador e colunista dos veículos do Grupo RBS, no Rio Grande do Sul. É Sommelier Internacional pela Fisar italiana, recebeu o Troféu Vitis, da Associação Brasileira de Enologia (ABE), atua como jurado em concursos internacionais de vinhos e edita o blog Cave Guarnier. Ocupa o cargo de Chefe de Gabinete na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, prestando consultoria sobre agronegócio

Recém-lançado, o azeite AZ 0.2 é o mais novo item do portfólio da Bueno Wines, grife de vinhos – e agora também de azeites – do narrador esportivo Galvão Bueno.

Com nove hectares de olivais cultivados desde 2010 nos campos suavemente ondulados da Bellavista Estate, em Candiota, na Campanha Gaúcha, Galvão Bueno é um dos 150 produtores que estão transformando o óleo de oliva numa das principais riquezas da região mais meridional do Brasil, ao lado da carne bovina, do vinho, do arroz e da soja (Perto dali, em Pinheiro Machado, o empresário paulista Eduardo Batalha, que trouxe o Burger King para o Brasil, também aposta alto na olivicultura: implantou 400 hectares de olivais e não pretende parar por aí).

 

Para quem já produz vinhos, como o narrador, a elaboração de azeites é quase uma extensão natural de suas atividades agrícolas. Videiras e oliveiras convivem em perfeita harmonia em lugares muito quentes no verão e bastante frios no inverno, secos e com solos pedregosos. Com boa parte de seu Extremo Sul dotado dessas características, o Rio Grande do Sul já é o maior produtor brasileiro de azeite. Possui mais de 3,4 mil hectares cultivados com oliveiras, 20 marcas e oito agroindústrias, que elaboram anualmente 60 mil litros do produto. Mas a corrida ao óleo está só começando, dizem produtores menos famosos que veem na olivicultura uma alternativa de renda atraente, por causa do alto valor agregado do azeite.

O mais novo olivicultor brasileiro comemora sua primeira safra quase com o mesmo entusiasmo com que narrava as vitórias dos pilotos brasileiros na Fórmula 1 ou festeja os gols da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. “Um azeite para ser Extra Virgem só pode atingir 0.80 de índice de acidez. Nossas azeitonas produziram um Extra Virgem com incríveis 0.15”, vibra Galvão Bueno.

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O AZ 0.2 que está chegando ao mercado é um blend de três variedades bem conhecidas: Arbequina, Arbosana e Picual. Este “corte”, como se diz na enologia, resulta, conforme a Bueno Wines, num “azeite aromático, com cheiro de frutos secos (amêndoa) e banana, e que traz um equilíbrio entre o amargo e o picante, de intensidade leve”.

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