Edição 26 - 16.08.21
Eduardo Novaes, diretor de Marketing de Soluções para Agricultura da BASF, fala sobre os pilares que orientam a atuação da empresa no Brasil
A BASF está presente no Brasil há mais de um século. Quais foram os marcos da trajetória da empresa no País e como podemos relacioná-los aos avanços da agricultura nos últimos anos?
Em sua longa trajetória no mercado brasileiro, a BASF sempre realizou investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento e criou as melhores soluções para seus clientes. Ao longo dos anos, essas iniciativas, ao mesmo tempo que contribuíram para o aprimoramento das atividades de nossos parceiros e clientes, certamente, foram importantes para estimular o avanço do agronegócio brasileiro.
Um dos pilares da BASF é a inovação. Nesse sentido, como ela é gestada dentro da empresa?
A inovação faz parte do DNA da BASF. Buscamos ser uma empresa inovadora em todas as nossas atividades, frentes de negócios e processos. No Brasil, o amplo panorama de startups e empreendedores digitais é um fator permanente de estímulo à inovação. Nesse contexto, contamos com o AgroStart, plataforma pioneira no País de inovação e empreendedorismos que tem como um de seus pilares a aceleração de startups do agro. Desde 2016, a iniciativa interagiu com mais de 500 startups e realizou inúmeros processos de aceleração.
Como a inovação está ajudando os agricultores a se preparar para o futuro?
Tudo começa em conhecer o agricultor, estar próximo, compreender seus desafios e identificar como podemos cocriar soluções relevantes. Por exemplo, até 2030, mais de 30 grandes projetos de P&D [Pesquisa e Desenvolvimento] irão complementar a oferta integrada que oferecemos a nossos parceiros e clientes, de sementes, proteção de cultivos e serviços digitais. Essa iniciativa contribuirá com o objetivo da empresa de aumentar em até 7% por ano a oferta de soluções mais sustentáveis.
Tudo começa em conhecer o agricultor, estar próximo, compreender seus desafios e identificar como podemos cocriar soluções relevantes.
A última década foi marcada por transformações na atividade agrícola, com a inserção de conceitos como produção sustentável e agricultura digital. Como a BASF está se transformando para oferecer ao agricultor soluções nessa direção?
A proximidade com nossos parceiros e clientes [agricultores] é o caminho que escolhemos para desenvolver e oferecer uma oferta integrada para os desafios que se apresentam e se apresentarão. Um de nossos focos é ajudar os agricultores com ferramentas digitais capazes de expandir seus negócios e, ao mesmo tempo, reduzir a sua pegada ambiental. A BASF está muito atenta a essa nova realidade. Até 2030, pretendemos oferecer tecnologias digitais para mais de 400 milhões de hectares de terras cultivadas em todo mundo, contribuindo assim para o Legado da Agricultura.
A proximidade com nossos parceiros e clientes [agricultores] é o caminho que escolhemos.
Você poderia destacar algumas dessas soluções?
Já são quase 4 milhões de hectares de terras cadastradas no Brasil para o uso de das soluções xarvio®, que fazem parte da nossa marca global de agricultura digital. Entre outros benefícios, elas proporcionam a otimização de até 62% de recursos no controle de plantas daninhas que afetam a produtividade dos cultivos. As tecnologias oferecidas também geram economia de água de até 36 mil litros a cada 1.000 hectares com uso da plataforma xarvio®.
Quais os principais desafios do agronegócio para a próxima década e como a BASF se prepara para enfrentá-los?
O desafio do agronegócio é a transformação, que acontece por muitas frentes e de diferentes naturezas. São demandas sociais, ambientais e econômicas que nos impõem desafios e oportunidades para estarmos próximos dos agricultores e da sociedade, responder e superar expectativas e impactar ativa e proativamente a construção de um mundo ainda melhor para esta e as futuras gerações. Investimos, todos os anos, cerca de 900 milhões de euros globalmente em P&D no Agro, que contribuem materialmente nesse sentido. Seguimos também investindo em nossa cultura corporativa para refletir esta proximidade com nossos clientes, parceiros e a sociedade., Queremos ser cada vez mais abertos, criativos, responsáveis e protagonistas na construção do Agro do futuro.
O desafio do agronegócio é a transformação
A sustentabilidade tornou-se o grande tema do mundo corporativo. Nesse contexto, que ações a BASF tem adotado para se manter em sintonia com a agenda ESG?
Temos colocado em prática diversas iniciativas que estão em sintonia com essa agenda. Um exemplo é a parceria que fechamos com o grupo 3tentos para desenvolver a emissão de créditos de descarbonização (CBios) na troca de insumos. Pela primeira vez no Brasil, uma operação de barter, como é conhecida essa troca, é feita com foco em sustentabilidade ambiental.
Outro pilar importante da BASF é melhorar a experiência do cliente. Como a BASF pensa esta experiência?
Todas as nossas decisões começam e terminam com o agricultor, que está no centro da estratégia do negócio da BASF. Só temos sucesso quando criamos experiências positivas para nossos parceiros e clientes.
Só temos sucesso quando criamos experiências positivas para nossos parceiros e clientes.
De que forma a pandemia alterou essa experiência?
Fizemos o máximo para mantermos o contato com os agricultores, que está na nossa essência. Um exemplo são os eventos drive-thru, lives abertas e eventos virtuais fechados que fizemos para diversos públicos, com grande participação. E mantivemos o contato virtual diário de nossa equipe com os agricultores e parceiros. Mas uma grande novidade será a Fazenda BASF, uma plataforma on-line. Na Fazenda BASF o agricultor é sempre bem-vindo para uma boa conversa com conteúdo relevante, a qualquer momento e de forma interativa para auxiliar suas decisões agronômicas.
Na Fazenda BASF o agricultor é sempre bem-vindo.
Em termos de soluções, o que a BASF trouxe nos últimos anos para melhorar a experiência do agricultor?
Foram muitas iniciativas. Em uma das mais recentes, desburocratizamos, por exemplo, o processo de emissão da CPR (Cédula de Produto Rural). O processo digital (e-CPR) já estava em implantação antes da pandemia, mas tornou-se realidade num momento em que precisamos evitar o contato social. Sem a necessidade de ir até o cartório, a e-CPR permite a troca de insumos por produção agrícola na metade do tempo que seria preciso para a emissão da cédula física (padrão de mercado).
O legado que os agricultores deixarem para as próximas gerações será o nosso legado.
Que legado a BASF gostaria de deixar aos agricultores do Brasil?
Queremos, junto com os agricultores, superar desafios como a produção de alimento seguro, saudável e sustentável, estimular o aumento da produtividade e impactar positivamente a reputação da agricultura perante a sociedade. O legado que os agricultores deixarem para as próximas gerações será o nosso legado.
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Mauricio De Bortoli – “Somos a força que impulsiona o planeta”
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TAGS: Agricultura Digital, Agronegócio, Basf, Proteção de cultivos, xarvio