Edição 20 - 26.05.20
Por Mauricio Harger, diretor-geral da CMPC
O momento exige racionalidade. O coronavírus está rapidamente se espalhando por todo o Brasil. É preciso tomar como exemplo a gravidade do que vem acontecendo pelo mundo diante do avanço desta pandemia. Os próximos passos têm que ser muito bem pensados. Pensados no bem-estar dos brasileiros.
Não se trata somente de uma batalha da área de saúde, mas de uma turbulência com sérios impactos econômicos e sociais. Por isso, temos que cuidar das pessoas. Cuidar de sua saúde, de sua renda, de seus empregos e, neste momento, até mesmo cuidar para que itens básicos cheguem a suas casas.
A Organização Mundial da Saúde, médicos e mais uma infinidade de especialistas sugerem que o isolamento é a medida mais eficaz para achatar a curva de crescimento de pessoas infectadas pelo vírus. Façamos, mas de maneira organizada. Para que milhares de pessoas possam ficar em casa são necessários alimentos, produtos de higiene e de limpeza. É preciso fazer isto chegar até seus lares, pois, caso contrário, o isolamento se torna inviável.
Por isso, este é o momento em que as pessoas devem estar no centro de qualquer estratégia, seja ela pública ou privada. A CMPC vem investindo para manter seu compromisso social, cuidando de seus colaboradores e atuando para que não falte matéria-prima de itens básicos.
A celulose é muito versátil. Papel higiênico, papel-toalha e embalagens para comida e remédios, por exemplo, deixariam de ser fabricados se não fosse esse insumo. Portanto, como produtores de 2 milhões de toneladas de celulose por ano, não podemos parar. Temos que cuidar para continuar.
Pensamos em cada um dos 6,5 mil colaboradores, prestadores de serviços, suas famílias e nossas comunidades vizinhas, antes de traçar nosso plano de ação. São mais de 35 mil postos de trabalho entre empregos diretos, indiretos e induzidos e todo efeito positivo de renda que ele gera no Rio Grande do Sul. Essas famílias precisam de seu sustento. Manter nossa operação é manter a economia acesa para essas milhares de famílias.
Então nós, como a maior indústria do Rio Grande do Sul, o que fizemos? Quem é de grupo de risco ou tem função que permite trabalhar em regime home office já está em casa. Para que a produção continue e nada falte nos domicílios de todo o Brasil, os profissionais das unidades industriais estão operando em um sistema escalonado diferente, de modo que as equipes atuem em menor número por turno, evitando aglomerações; nos refeitórios está se mantendo uma distância mínima de segurança; recomendações de higiene pessoal e modos de se prevenir são passados rotineiramente; tudo pensado para nossos colaboradores e também prestadores de serviços; além de, claro, disponibilizarmos medição de temperatura e dispensers de álcool em gel em mais locais da empresa. Essas são algumas medidas de um vasto protocolo de prevenção elaborado exclusivamente para cuidar da saúde das nossas pessoas.
Saúde, renda e matéria-prima para produção de itens básicos. O desafio é triplo. A estratégia deve ser desenhada para que pessoas possam se manter em casa ou trabalhar em segurança. Não há outro caminho.
Ao olhar para fora de nossas fronteiras, percebemos que ainda estamos no início de uma jornada que não será fácil. E esta é uma crise que não terá um fim a curto prazo, mas um desdobramento, um pós-crise que deixará feridas abertas, sim. Por isso, é mais do que necessário que as ações desde já visem mitigar os impactos futuros para trabalhadores, empresas e para o País. É hora de cuidar do Brasil.
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