O Plástico que dá em Árvores

A química verde, produzida a partir de insumos renováveis, é uma realidade cada vez mais promisso


Edição 24 - 09.04.21

Registro fotográfico de mãos adubando uma muda de árvore.
Foto – Representativa de uma Muda de Árvore.

A química verde, produzida a partir de insumos renováveis, é uma realidade cada vez mais promissora. No Brasil, por exemplo, o etanol de cana é a base para uma série de aplicações que substituem o petróleo. Pesquisadores da Universidade de Bath, na Inglaterra, acabam de acrescentar uma nova matéria prima à lista de substitutos dos combustíveis fósseis. Eles desenvolveram um polímero sustentável usando o segundo açúcar mais abundante na natureza: a xilose extraída da madeira e assim surgiu o plástico que da em árvores. “O polímeros biodesíduos – aqueles derivados de matérias-primas renováveis, como plantas – são parte da solução para tornar os plásticos sustentáveis”, afirma Antoine Buchard, pesquisador da Royal Society University e do Centro de Tecnologias Sustentáveis e Circulares, que liderou o estudo. “Estamos muito entusiasmados por termos sido capazes de produzir esse material sustentável a partir de um recurso natural abundante”. Segundo os pesquisadores, o polímero desenvolvido é bastante versátil. Suas propriedades físicas e químicas podem ser ajustadas facilmente, podendo ser utilizado em materiais distintos, como espumas para colchões, solas de sapato, ou como alternativa ao polietileno glicol, um produto químico amplamente utilizado na biomedicina e até mesmo para óxido de polietileno, utilizado como eletrólito em baterias.

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