Canadenses criam maior produtora de maconha do mundo

O Canadá é um dos países com legislação mais avançada em torno da legalização do uso medicin


18.05.18

O Canadá é um dos países com legislação mais avançada em torno da legalização do uso medicinal e recreativo da maconha. Várias de suas províncias já permitem a comercialização e espera-se para os próximos meses que a medida se torne nacional. Mesmo antes disso, porém, os canadenses estão dando mostras de que os negócios envolvendo a planta têm grande potencial econômico. Na segunda-feira 14, por exemplo, duas companhias locais especializadas na produção de marijuana e sua transformação em artigos medicinais anunciaram ter concluído a maior transação do mundo no setor. Por cerca de US$ 2,5 bilhões, a Aurora Cannabis, empresa com sede em Vancouver, adquiriu a concorrente MedReleaf.

A operação dará origem a um grupo capaz de produzir 570 toneladas de maconha de alta qualidade por ano em nove unidades no Canadá e mais duas na Dinamarca. Fica criada, assim, a maior produtora da planta em todo o mundo. As duas empresas têm modelo de produção semelhante, praticando agricultura indoor com alta tecnologia em estufas automatizadas. No anúncio, as duas companhias informaram ter sistemas de distribuição complementares, tanto no Canadá quanto no exterior, incluindo acordos de licenciamento em países como Alemanha,Itália, Austrália e também o Brasil.

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“Nossos ativos complementares, sinergias estratégicas e forte posicionamento de mercado vão permitir que tenhamos massa crítica e um excelente portfolio de produtos tendo em vista o futuro mercado para uso adulto no Canadá”, afirmou o CEO da Aurora,Terry Booth. “Junto com a Aurora, estaremos idealmente posicionados para estabelecer um padrão global para a indústria”, concorcor Neil Closner, CEO da MedReleaf.

O mercado agora liderado pela nova companhia cresce em alta velocidade no Canadá e nos Estados Unidos. Segundo a editora Arcview, especializada em relatórios e pesquisas sobre a indústria da maconha, o faturamento do setor deve aumentar em média 25% ao ano até 2021, quando deverá atingir US$ 20,2 bilhões.

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